quinta-feira, 19 de julho de 2012

Policial federal morto em cemitério tinha dado queixa de ameaça

Agora, os investigadores descartam a hipótese inicial do crime de roubo seguido de morte.
ARI PEIXOTO
Brasília

O policial federal assassinado nesta terça-feira (17) em um cemitério, em Brasília, tinha dado queixa de ameaça à corregedoria da corporação. Agora, os investigadores descartam a hipótese inicial do crime, de roubo seguido de morte.
Um detector de metais foi usado para tentar encontrar as cápsulas das balas que mataram o agente Tapajós na tarde desta terça. Wilton Tapajós Macedo trabalhou na operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro Carlinhos Cachoeira, e também em casos de combate à pedofilia e ao tráfico de drogas, e no Programa de Proteção a Testemunhas.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não vinculou o assassinato a nenhuma investigação.
“Nesse momento seria leviano da nossa parte fazer qualquer apreciação, qualquer ilação”, afirmou o ministro.
O agente foi sindicalista e candidato a deputado distrital em Brasília, em 2010. Uma fonte da investigação revelou que a polícia não trabalha mais com a hipótese de roubo seguido de morte, e sim com execução. Um jardineiro do cemitério disse que viu dois homens em um carro prata circulando lá dentro, antes do crime:
“Eu, em nenhum momento, vi eles descendo do carro. Eles pareciam que estavam procurando alguma coisa. Nunca descia nem perguntava nada pra ninguém.”
A polícia também apura uma ocorrência registrada por Wilton na corregedoria da PF. No documento, ele afirmou se sentir ameaçado e relata que foi perseguido por outro carro na saída de um shopping.
Os parentes estão assustados e não querem gravar entrevista. O corpo do agente federal foi liberado do IML e levado para uma funerária no início da tarde. O enterro será nesta quinta.



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