Agora, os investigadores descartam a hipótese inicial do crime de roubo seguido de morte.
ARI PEIXOTO
Brasília
O policial federal assassinado nesta terça-feira (17) em um
cemitério, em Brasília, tinha dado queixa de ameaça à corregedoria da
corporação. Agora, os investigadores descartam a hipótese inicial do crime, de
roubo seguido de morte.
Um detector de metais foi usado para tentar encontrar as
cápsulas das balas que mataram o agente Tapajós na tarde desta terça. Wilton
Tapajós Macedo trabalhou na operação Monte Carlo, que prendeu o bicheiro
Carlinhos Cachoeira, e também em casos de combate à pedofilia e ao tráfico de
drogas, e no Programa de Proteção a Testemunhas.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não vinculou o
assassinato a nenhuma investigação.
“Nesse momento seria leviano da nossa parte fazer qualquer
apreciação, qualquer ilação”, afirmou o ministro.
O agente foi sindicalista e candidato a deputado distrital
em Brasília, em 2010. Uma fonte da investigação revelou que a polícia não
trabalha mais com a hipótese de roubo seguido de morte, e sim com execução. Um
jardineiro do cemitério disse que viu dois homens em um carro prata circulando
lá dentro, antes do crime:
“Eu, em nenhum momento, vi eles descendo do carro. Eles
pareciam que estavam procurando alguma coisa. Nunca descia nem perguntava nada
pra ninguém.”
A polícia também apura uma ocorrência registrada por Wilton
na corregedoria da PF. No documento, ele afirmou se sentir ameaçado e relata
que foi perseguido por outro carro na saída de um shopping.
Os parentes estão assustados e não querem gravar entrevista.
O corpo do agente federal foi liberado do IML e levado para uma funerária no
início da tarde. O enterro será nesta quinta.
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