O corpo do traficante Márcio José Sabino Pereira, o Matemático, apontado como chefe do tráfico nas favelas Coreia e Taquaral, em Senador Camará, e Vila Aliança, em Bangu, foi encontrado na madrugada deste sábado (12) dentro de um carro, ao lado de um colégio, próximo ao viaduto antigo de Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Os tiros que atingiram o traficante Márcio José Sabino Pereira, o Matemático, foram disparados de um helicóptero, disse neste sábado (12) o piloto da Polícia Civil Adonis Oliveira. Ele falou em entrevista coletiva na sede da Polícia Federal do Rio, na Zona Portuária, da qual participam policiais militares, civis e federais, entre eles o comandante do 14º BPM (Bangu), tenente-coronel Alexandre Fontenelle.
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Ao RJTV o subchefe operacional da Polícia Civil, Fernando Veloso, confirmou que os tiros partiram de um helicóptero. ”A Divisão de Homicídios esteve cedo no local e o delegado me afirmou que não há dúvidas de que os disparaos que atingiram não só o Matemático, mas como alguns de seus comparsas, partiram da aeronave”, disse.
O chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Federal, delegado João Luiz Araújo explicou que o trabalho em conjunto entre as polícias já vinha sendo desenvolvido há cinco meses. E que muitas vezes eles estiveram perto de prender Matemático, que ganhou esse apelido por ter sido o responsável pela contabilidade da quadrilha de Robinho Pinga, seu antecessor.
O delegado da DRE contou que recebeu informações de que o traficante estava circulando pela Favela da Coreia num Logan prata, durante a operação realizada na noite de sexta-feira. Ele pediu o apoio do helicóptero da Polícia Civil para localizar o veículo pelo alto e da PM para fazer o cerco nas ruas do entorno da favela. Ao ter o carro identificado, os quatro homens que estavam dentro do carro começaram a atirar contra o helicóptero. Matemático foi morto por volta das 23h30, mas seu corpo só foi localizado em outro carro – o Gol preto – por volta das 5h30 deste sábado, por policiais do Batalhão de Choque da PM.
”Os disparos foram intensos e vinham não só do carro, mas de vários pontos da favela”, disse Araújo.
Adonis contou que para defender a aeronave, teve de abrir artilharia pesada contra o Logan onde estava o traficante.
“Eles estavam a cerca de 100km/h na favela, tentando fugir do cerco e disparavam contra a aeronave. Para interceptá-lo baixamos a uma altitude que variou de 20 a 60 metros para que nenhum barraco fosse atingido pelos tiros disparados pelos policiais que estavam na aeronave. Na tentativa de fugir, o Logan bateu num muro. Três homens conseguiram fugir, mas tenho a impressão que Matemático ficou preso às ferragens e só pôde ser removido pelos comparsas mais tarde”, detalhou Adonis, informando que o traficante levou ao menos um tiro que atravessou suas costas e atingiu o joelho. O traficante tinha um torniquete improvisado com um cinto no joelho, quando o corpo foi encontrado no Gol preto.
Além da morte do traficante, um outro suspeito foi preso na operação desta sexta. Segundo o delegado Araújo, em cinco meses de operação até este sábado, 12 pessoas foram presas e foram apreendidos cinco fuzis, uma metralhadora, três pistolas, cinco granada, 14 carregadores, 177 munições de calibres variados, seis radiotransmissores, 300 quilos de maconha, pouca quantidade de cocaína e 1580 pedras de crack.
Fonte: G1/RJ
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