Pistolas foram distribuídas após a constatação da falha, segundo instrutor.
Arma de policial teria falhado em troca de tiros em Niterói.
Matheus RodriguesDo G1 Rio
Pistola utilizada por Thiago Tomé era do modelo PT840P (Foto: Reprodução/ Internet) |
A Polícia Civil do Rio anunciou
nesta terça-feira (24) que vai criar uma força-tarefa para testar pistolas
usadas pelos agentes. No último domingo (22), o policial Thiago Tomé de Deus
foi morto durante uma tentativa de assalto em Niterói — na ocasião, a arma do
agente teria falhado durante troca de tiros. De acordo com um instrutor de tiro
da polícia ouvido pelo G1, a corporação tinha conhecimento de problemas no lote
de armas distribuiído em 2013.
“Quando a turma do Thiago Tomé
que morreu se formou, em outubro de 2013, foram distribuídas 1,5 mil armas para
os policiais mesmo sabendo do problema. Elas foram entregues para eles e já
sabiam que teriam que ser recolhidas por causa dessa falha. Durante o
treinamento da turma dele, os instrutores se machucavam por causa da baixa
qualidade da arma”, disse o instrutor.Thiago foi vítima de um assalto quando
voltava para casa do Desfile das Campeãs, durante o carnaval do Rio. Ele teria
disparado contra os criminosos e, em seguida, uma pane travou a arma. O
policial foi baleado e morreu após dar entrada no hospital. A pistola modelo
PT840P, que Thiago usava no episódio, é alvo de muitas críticas da categoria. O
problema com o armamento não é inédito, de acordo com o instrutor de tiro que
conversou com o G1, os problemas existem há pelo menos 10 anos.
"Não é a primeira vez que
temos problema com o armamento, tem pelo menos 10 anos. A Polícia Civil do Rio
já teve trabalho em 2009 porque a arma travava sozinha e agora essa situação.
Estamos tendo um problema no ejetor e no carregador da pistola, o que causa uma
pane geral na arma”, disse.
Fernando Veloso anunciou força tarefa para periciar armas da polícia (Foto: Matheus Rodrigues/ G1) |
Força tarefa para periciar armas
Durante um evento do Governo do
Estado do Rio, nesta terça-feira (24), o chefe de Polícia Civil do Rio,
Fernando Veloso, informou que a arma do policial morto passará por uma perícia
e uma força tarefa será feita em todas as armas dos policiais do Rio. De acordo
com ele, todo policial vai ter que ir ao estande de tiros e efetuar 100
disparos para que o material seja analisado. O objetivo é verificar se as armas
apresentam alguma falha. A iniciativa terá apoio da Academia de Polícia
(Acadepol) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
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