terça-feira, 4 de agosto de 2020

Polícia Militar de SP proíbe uso de mata-leão em abordagens


Pretende modernizar protocolos
14 policiais já foram afastados
Policiais militares em cerimônia de formatura em SP
A Polícia Militar do Estado São Paulo informou na 6º feira (31.jul.2020) a proibição do uso da técnica chamada de mata-leão durante as abordagens. A chave cervical é 1 método de imobilização em que uma pessoa faz uso de suas mãos, braços ou pernas contra o pescoço de uma outra pessoa, aplicando uma pressão que pode provocar o estrangulamento. Em casos extremos, leva à asfixia e pode resultar em morte.

A corporação informou que essa medida foi tomada pelo grupo de estudos criado para analisar “as mais modernas e eficientes técnicas de contenção durante as detenções de suspeitos” e que a decisão busca “aprimorar ainda mais a prestação de serviço à sociedade e modernizar os protocolos de atuação”.
Esse golpe foi utilizado em várias abordagens policiais recentes em São Paulo e que foram motivo de questionamentos após a divulgação de vídeos que tiveram grande repercussão nas redes sociais.
Um deles foi em maio, na região de Parelheiros, quando uma mulher negra teve seu pescoço pressionado no chão com o pé por 1 policial. No dia 24 de julho circulou 1 novo vídeo mostrando policiais aplicando o golpe e sufocando um jovem negro da cidade de João Ramalho, no interior paulista.
No 1º semestre deste ano, 514 pessoas foram mortas pelas polícias Civil e Militar paulista em ocorrências durante o momento do trabalho ou de folga. Foi o maior número de óbitos registrado desde 2001, quando teve início a série histórica. Só a PM foi responsável por 498 dessas mortes. Nesse mesmo período, 28 policiais civis e militares foram mortos em serviço ou em folga.
Para tentar coibir a violência policial, o governo de João Doria (PSDB) comprou câmeras portáteis, as chamadas bodycams, que serão utilizadas por policiais militares durante seu patrulhamento na rua. As câmeras de lapela são fixadas nos uniformes dos policiais para que suas ações nas ruas de São Paulo sejam monitoradas, sem possibilidade de adulteração.
Além disso, o governador tucano anunciou que toda a corporação, começando pelos policiais de altas patentes, passariam por um programa de novo treinamento, chamado Retreinar.
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