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Por
Felipe Araújo
A
Guerra Civil Síria é um conflito que teve início após uma sucessão de grandes
protestos da população a partir do mês de janeiro de 2011. Um mês depois, o tom
das manifestações ficou mais agressivo e elas se tornaram rebeliões armadas
influenciadas pelas diversas revoltas que ocorriam ao mesmo tempo no Oriente
Médio: a Primavera Árabe.
Os
grupos de oposição, ao se manifestarem de forma incisiva, têm o objetivo de
derrubar Bashar al-Assad, presidente do país, para iniciar um processo de
renovação política e criar uma nova configuração à democracia da Síria. Porém,
a situação acredita que as ações do Exército Sírio Oficial, que pratica ações
violentas contra os manifestantes, são formas de combate aos terroristas que
pretendem desestabilizar a nação. Devido a isso, teve início uma mobilização
envolvendo os veículos de comunicação e a sociedade, que exigiram mais
transparência dos políticos, liberdade de expressão e promulgação de um novo
conjunto de leis.
Voltando
ao ano de 1962, pode-se fazer uma análise da situação da Síria e descobrir o
porquê do tom emergencial dos protestos. Naquele ano, foram suspendidas as
medidas de proteção para os cidadãos do país que estavam previstas na
constituição anterior. Considerado um ditador, Hafez al-Assad manteve-se no
poder da nação durante três décadas, passando o posto para o seu filho Bashar
al-Assad, que se mantém no poder com mão-de-ferro desde 2000.
Devido
a estes fatores, as manifestações da população síria foram iniciadas em frente
as embaixadas estrangeiras de Damasco (capital) e ao parlamento sírio. Para
conter os protestos, o governo mandou as forças militares do país contra os
motins. Então começaram os conflitos entre as população e os soldados sírios,
que, ao longo dos protestos, já resultaram em centenas de mortes, sendo que a
grande parte refere-se aos civis.
Porém,
diversos militares demonstraram-se contrários às ações do exército para conter
a população. Há relatos de soldados sendo expulsos das forças militares após se
recusarem a atirar na população. Depois de diversas represálias governamentais
contra os guerrilheiros rebeldes, um grupo de civis e desertores formaram uma
ação conjunta e criaram o Exército Livre da Síria para lutar contra as ações
violentas do governo. No segundo semestre do ano de 2011, os opositores
reuniram-se em uma organização única que foi batizada pelo nome de Conselho
Nacional da Síria.
A
partir deste momento, a guerra civil tornou-se ainda mais brutal e teve início
um processo de incursão das forças oficiais do governo em territórios
controlados pela oposição. Em 2012, os inúmeros conflitos foram categorizados
como Guerra Civil pela Cruz Vermelha. Desta forma, foi aberto um atalho para o
emprego de investigações referentes a crimes de guerra e a aplicação de medidas
do Direito Humanitário Internacional e das decisões acertadas nas convenções de
Genebra.
De
acordo com dados de ativistas, a quantidade de mortes causada pelo conflito é
de mais de 100.000 pessoas, sendo que 130.000 teriam sido detidas pelo governo
sírio através das forças armadas. Fora isso, cerca de 2 milhões de cidadãos
buscaram refúgio em outros países. Grande parte dos refugiados encontra abrigo
no Líbano, nação vizinha da Síria.
Forças
militares que apoiam Assad receberam acusações de serem responsáveis por
assassinatos e ações violentas contra civis. Entretanto, no período em que
ocorreram as manifestações, os grupos de oposição, incluindo o Exército Livre
da Síria, também foram acusados por grupos de direitos humanos por atrocidades
e homicídios.
Fonte:
http://www.infoescola.com/historia/guerra-civil-siria/
E ainda tem o "Estado Islâmico" que entrou nesta disputa por dominação da Siria. País tripartido.
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