url: http://www.beth-shalom.com.br/artigos/imagens/america_latina04.jpg
A justiça argentina investiga se o ex-funcionário da embaixada do Irã Moshen Rabbani, um dos suspeitos do ataque terrorista de 1994 contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em Buenos Aires, que deixou 85 mortos, entrou no Brasil, informaram nesta segunda-feira fontes judiciais."Rabbani teria entrado com documentação falsa. Se esta informação for confirmada, trata-se de algo muito grave", assegurou nesta segunda-feira o promotor que investiga o atentado, Alberto Nisman, em declarações à televisão local.
O ex-funcionário da embaixada do Irã é um dos iranianos requeridos pela Justiça argentina pela explosão da Amia em 18 de julho de 1994 e cuja autoria é atribuída ao grupo extremista Hisbolá.
"É um personagem perigoso e com atuação comprovada" no ataque terrorista, disse Nisman ao canal "C5N".
Ele não descartou pedir a Interpol para que concretize a detenção de Rabbani.
Entre os suspeitos também está o ex-presidente iraniano Ali Akbar Rafsanjani, além de outros membros e ex-funcionários do governo.
O ataque contra a Amia sucedeu outro atentado que destruiu a embaixada de Israel em Buenos Aires em 17 de março de 1992 e provocou a morte de 29 pessoas.
Segundo uma informação publicada no mês passado pelo semanário "Perfil", o Governo argentino poderia deter a investigação dos atentados contra a embaixada de Israel e a Amia por causa de um suposto acordo do país com o Irã.
A revista "Veja" noticiou no fim de semana que membros dos grupos extremistas islâmicos Al Qaeda, Hisbolá e Hamas operam clandestinamente no Brasil, onde se escondem, arrecadam dinheiro, recrutam militantes e planejam ataques.
A "Veja" citou relatórios da Polícia Federal brasileira e do Governo dos Estados Unidos e revelou que pelo menos 20 membros dos três grupos operam na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.
"Não é a primeira vez que se fala do Brasil como um núcleo de doutrinamento desta gente. E a situação de permeabilidade nas fronteiras também contribui", disse Nisman.
fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5046192-EI8140,00-Argentina+investiga+se+suspeito+por+atentado+esta+no+Brasil.html