terça-feira, 19 de dezembro de 2017

A menininha que escrevia cartas de amor

História da vida real

imagem: internet

Carlos Alberto Marchi de Queiroz*
Esta é uma história real, contada por uma grande colega de trabalho, poucos anos antes de falecer.
No mês de dezembro de 1924, Josefina, menina de dez anos, já em  férias escolares, passava as tardes brincando de professorinha no terraço de sua casa ajardinada. Ensinava coleguinhas, de ambos os sexos, a melhorar a redação. Ditava-lhes textos.
Seus pais, paulistanos, trabalhavam na Alfândega do porto de Santos. Deixavam a filha, sozinha, com alimentação, no lar, e que aproveitava o tempo para brincar de professora no pretório, no jardim da casa, e na calçada fronteiriça.
Certo dia, uma moça bonita, passando ali, notou a habilidade da garotinha em escrever textos. Sem titubear, perguntou-lhe se ela estaria disposta a escrever-lhe cartas, pois só sabia assinar o nome. Dar-lhe-ia  alguns tostões.
A garotinha aceitou, passando a escrever as palavras ditadas pela bonita mulher, sem instrução,  que sempre a  procurava. Na sua inocência, Josefina nunca percebeu que a moça era prostituta na zona do cais. As missivas levavam sempre, ao final, um coraçãozinho trespassado por uma flecha, desenhado a pedido.
A competência redacional da menininha espalhou-se rapidamente entre as falenas, hetairas, meretrizes, horizontais, mundanas, tortas e quengas, que fingiam vender amor aos marinheiros. Ela atendia as encomendas  sem esforço. Os tostões eram utilizados para comprar balas e doces  distribuídos aos coleguinhas, nos intervalos das aulinhas.
De repente, seus  pais , altos funcionários, foram transferidos para São Paulo, por necessidade do serviço, terra natal da menina, que deixou seus coleguinhas  da escolinha, tristes, bem como suas clientes,  a ver navios...
Em São Paulo, Josefina, face ao status dos pais, foi matriculada em colégio particular, de renome, da classe Sion ou Les Oiseaux, não sei dizer, onde demonstrou seu talento como discente, em todas as disciplinas.
No último ano do curso, à época uma mistura de ginásio e de colégio, a professora de Português decidiu implantar dois cursos, um de redação oficial, e um de elaboração de  cartas, passando a exigir das normalistas a produção do respectivo material.
Ao corrigir a carta escrita por Josefina, a professora  levou um  susto ao inteirar-se do texto da normalista, que absorvera, sem querer, um picante estilo romântico, nunca chulo, das mariposas do cais,  sempre encerrados com o desenho de um coraçãozinho varado pela flecha do Cupido...
A diretora do colégio, horrorizada com aquela redação, convocou os pais da jovem para comparecerem à diretoria, onde, entregando-lhes o histórico escolar da aluna, recomendou-lhes que a matriculassem na rede estadual. Josefina encontrou vaga no Colégio Caetano de Campos, na Praça da República, hoje sede da Secretaria Estadual da Educação.  A sós, a diretora disse à ex-aluna, antes da chegada de seus pais na instituição: ” A senhorita nunca vai ser nada na vida!” A mocinha  concluiu o curso colegial, na rede estadual, no final de 1930.
No dia 26 de janeiro de 1932, Josefina Scaramuza tornou-se a primeira guarda civil de primeira classe, da Guarda Civil de São Paulo, numa época em que nem se pensava em Polícia Feminina, criada por Jânio Quadros, vinte anos depois. No dia 10 de julho de 1933, Josefina foi promovida ao posto de 3º sargento da GC paulista.
Com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, em 1942, a jovem concluiu, com êxito, os cursos de instrução militar e de enfermagem da Força Expedicionária Brasileira, que se preparava para combater o nazismo na Europa. Após o final do conflito, em 8 de maio de 1945, a belíssima enfermeira Scaramuza, que entregara o pavilhão nacional aos febianos defronte a atual Prefeitura de São Paulo, foi desmobilizada.
No dia 24 de agosto de 1955, foi nomeada pelo governador Jânio Quadros para o cargo de diretora da Divisão de Pessoal da Polícia Civil do Estado de São Paulo. Após implantar moderníssimo sistema de gestão de pessoas na corporação, recebeu a visita de uma representante da Secretaria Estadual da Educação, que desejava  adotar semelhante sistema  em sua instituição.
Ao final da visita, a funcionária da Secretaria de Educação dirigiu-se a Josefina dizendo-lhe: “ Parece que eu a conheço de algum lugar.” Então, ela  respondeu, de chofre: “ Foi a senhora que me expulsou do colégio por causa da carta,  profetizando que eu não seria nada na vida!!!”
Josefina bacharelou-se em Direito pela FMU, colando grau em 27 de dezembro de 1974, aos sessenta anos de idade. Aposentou-se como agente do serviço civil, nível VI, em 11 de dezembro de 1984. Faleceu aos 93 anos de idade, solteira.
*Carlos Alberto Marchi de Queiroz é professor de Direito e membro da Academia Campinense de Letras

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

4 passos que diminuiriam mais a criminalidade que reduzir a idade penal, segundo especialista do Ipea


© Nick Potts - EMPICS via Getty Images
A cada 1% a mais de jovens entre 15 e 17 anos nas escolas, há uma diminuição de 2% na taxa de homicídios no Brasil. Esta é a principal conclusão da nota técnica Indicadores Multidimensionais de Educação e Homicídios nos Territórios Focalizados pelo Pacto Nacional pela Redução de Homicídios, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Avançada).
As conclusões da pesquisa se mantêm atualizadas principalmente quando o debate sobre a redução da maioridade penal ganha força no Congresso, avalia Daniel Cerqueira, economista e técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, em entrevista ao HuffPost Brasil.
A redução da idade para a imputabilidade penal está em discussão no Senado Federal em resposta a um clamor da sociedade por um maior combate à criminalidade e à sensação de impunidade. Para o especialista, contudo, o Brasil precisa de "políticas pensadas com base em métodos", e não "políticas reativas" para combater o crime no País.
"Ao olhar para os estudos que analisaram o efeito da redução da maioridade penal sobre a taxa de crimes na localidade você chega ao mesmo resultado: a maior dureza na lei é ineficiente. Precisamos entender como queremos lidar com esse jovem infrator como sociedade", explica Cerqueira.
© Nick Potts - EMPICS via Getty Images
Por meio de dados coletados pelo Ipea, foi possível perceber a semelhança entre os perfis do conjunto de quem é vítima de homicídios e daqueles que cometem os crimes em todos os municípios do País.
Entre as pessoas que são vítimas de homicídio no Brasil, 73% não tem sequer ensino fundamental. Já entre a população carcerária, esta porcentagem é de 53%. Para o economista, a educação é a ferramenta prioritária no combate ao crime.
DADOS SOBRE A POPULAÇÃO CARCERÁRIA
- O Brasil possui 622 mil pessoas em situação de cárcere;
- Mais de 96% são homens;
- Tráfico, roubo e homicídio são os principais crimes cometidos;
- 67% da população carcerária é negra;
- 53% da população carcerária não possui ensino fundamental completo
(* Informações do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias de 2014)
"Fizemos um exercício estatístico para entender como as características socioeconômicas de uma pessoa interfere ou ajuda explicar a chance dela sofrer homicídio no Brasil. E se essas pessoas, com 18 anos ou mais, tivessem pelo menos alcançado o ensino médio? Nesse caso nós teríamos uma queda de 42% dos homicídios", argumenta Daniel Cerqueira.

Para o especialista, os seguintes projetos de políticas públicas seriam mais eficiente do que uma lei para reduzir a maioridade penal como enfrentamento a violência no País.
1. Políticas públicas focalizadas
"Uma coisa fundamental é a gente pensar em políticas baseadas no planejamento e no método, em vez de políticas baseadas na reação. Quando você faz isso, você percebe que diversas estatísticas empíricas no Brasil são de uma regularidade absurda.
Em 2014, 2% dos municípios brasileiros concentravam 22.776 homicídios, 48,6% do total do crime no país. Quando você vai olhar esses municípios violentos, você percebe que metade dos homicídios nesses municípios acontecem em no máximo 10% dos bairros.
Ou seja, cerca de 500 bairros do Brasil respondem por 25% dos homicídios totais do país. Você já sabe a localidade em que se concentra o problema. Então, o primeiro ponto é a focalização da política pública nessas regiões que de uma maneira ou outra o Estado abandonou."
2. Valorizar a 1ª infância
"Depois, você precisa entender quem é o jovem que vive nessas regiões. E aí nós temos alguns projetos que já foram testados internacionalmente e tiveram maior eficácia de retorno. Ou seja, cada dólar investido nessas políticas trouxe uma melhoria para os indicativos sociais.
O primeiro passo nesse sentido é cuidar da parte mais importante do desenvolvimento, que é a primeira infância. Pensar em programas que envolvam a visitação das mães grávidas ou de crianças pequenas por equipes multidisciplinares. A criança antes de nascer e crescer, já vai ter uma família com orientação e um acompanhamento. Isso é fundamental para o que vem depois."
3. Transformar as escolas
"Em seguida, precisamos pensar em como a gente vai transformar as nossas escolas atuais, sobretudo nessas localidades, em escolas que não sejam pensadas somente para a classe média. Precisamos entender que o jovem que estamos lidando nem sempre terá todas as condições socioemocionais.
No modelo que temos hoje, ele será feito de repositório de conhecimentos enciclopédicos que nem sempre possuem uma ligação com o seu mundo. Ou que tenham a capacidade de motivá-lo a aspirar um outro tipo de mundo. As dificuldades que ele possui precisam ser enfrentadas e elaboradas, para que a criança não seja vista como passiva na educação, mas que ela tenha a possibilidade de diálogo. É preciso criar mecanismos de motivação e transformar as escolas em grandes armas contra o crime no brasil."
4. Inserção no mercado de trabalho
"O quarto ponto é possibilitar a inserção desse jovem no mercado de trabalho. Você tem problemas de formação que dificultam a entrada desses jovens no mercado. E esse jovem é suscetível aos piores empregos. É óbvio que ele não vai permanecer em nenhum trabalho porque ele não é satisfeito. Depois, ele se infiltra em um ciclo de exploração. É preciso de uma mediação para auxiliar esse jovem no mercado de trabalho em opções que sejam mais vantajosas do que a promessa superficial do tráfico de drogas, por exemplo."
url da matéria: 
https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/4-passos-que-diminuiriam-mais-a-criminalidade-que-reduzir-a-idade-penal-segundo-especialista-do-ipea/ar-BBEN02L?li=AA520y&ocid=spartandhp



quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Cartório da Impunidade

Por Renato Sérgio de Lima e Samira Bueno, Fórum Brasileiro de Segurança Pública
09/11/2017 04h55
(Foto: Alexandre Mauro/G1)
Sherlock Holmes, o detetive mais famoso do mundo, surgiu nos romances policiais ingleses na década de 1880. Criado pelo escritor Artur Conan Doyle, Sherlock é o protagonista de ao menos 40 romances policiais e povoa até hoje o imaginário popular quando o assunto é a investigação de crimes.
É deste mesmo período a criação da figura do inquérito policial no Brasil, peça jurídico-processual criada em 1871 e a quem é tributada a lógica da investigação criminal no Brasil, altamente burocratizada, formalista e pouquíssimo maleável às inovações técnicas, tecnológicas e de gestão.
Apesar da proximidade temporal, o “mito” de Sherlock Homes está longe de constituir a tônica do cenário investigativo no Brasil. No enredo do detetive infalível os investigadores analisam a cena do crime, interrogam pessoas, o suspeito é identificado e, quando confrontado com provas irrefutáveis de sua culpa, confessa e termina seus dias preso.
Com 61,6 mil homicídios por ano, conforme apontado pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública na semana passada, o Brasil concentra o maior número absoluto de homicídios de todo o planeta, mas está longe de ter recursos humanos, tecnológicos e a infraestrutura necessária para lidar com estes crimes que, na maioria das vezes, acabam na impunidade.
Dito de outra forma, o modelo de investigação e esclarecimento de crimes no Brasil é, para dizer o mínimo, completamente descolado da realidade atual do país e não tem conseguido dar conta do cenário crescente de crime e violência. Congestionamos a Justiça com papéis e carimbos, mas quase não esclarecemos crimes.
E isto não é implicância de “especialistas de gabinetes”, para usar uma analogia feita por setores da sociedade que não querem mudar ou, se querem, acham que a solução é fazer mais do mesmo independentemente das evidências dos nossos fracassos civilizatórios na segurança pública. É um fato que agora ganha contornos bem mais nítidos pela cobertura que o Monitor da Violência faz do que aconteceu a partir das 1.195 mortes ocorridas no Brasil entre os dias 21 e 27 de agosto deste ano.
Do total de inquéritos policiais instaurados, a reportagem teve acesso a 1.014. Pela análise dos casos, o G1 constatou que em 15% (141) houve a prisão de suspeitos, seja por flagrante ou como resultante das investigações. Estes números revelam dois fenômenos, sendo o primeiro o fato positivo de o sistema de justiça criminal e de segurança pública brasileiro conseguir registrar e conhecer os crimes, mostrando que o Estado está presente e pode atuar. Ou seja, se conseguimos saber oficialmente que tais mortes ocorreram, temos condições e a obrigação de tentar levar seus responsáveis à Justiça.
Porém, o segundo fato revelado pelos dados trazidos pelo Monitor da Violência é que não é exagero retórico afirmar que este mesmo sistema de justiça criminal e de segurança pública vive de processar flagrantes, tendo grande dificuldade em solucionar crimes que exigem investigação e, mais, de fazer uma pesada máquina pública funcionar para que os crimes solucionados sejam devidamente processados e julgados.
Sem estabelecer uma ordem de causa e efeito, vários são os fatores associados que explicariam os dados. Entre eles, as instituições do sistema de justiça e segurança operam a partir de um centro de política criminal e penitenciária que prioriza o criminoso e não o crime, provocando distorções em relação a quem está sendo objeto de tratamento penal.
O 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, recentemente divulgado, mostrou por exemplo que em várias unidades da federação há mais registro de uso de drogas do que, até mesmo, tráfico, congestionando ainda mais as unidades das polícias civis e diminuindo o espaço para o esclarecimento de homicídios.
Ao mesmo tempo, em segundo lugar, temos um modelo engessado que confunde investigação com o trabalho de persecução penal das polícias civis, desobrigando a adoção de novas tecnologias e estratégias de trabalho e/ou fomentando que as demais instituições sintam-se corresponsáveis para a preservação de locais de crime, entre várias outras atividades que poderiam ser aperfeiçoadas.
As polícias civis, por sua vez, encontram-se sucateadas no país todo e, com raras exceções, são corporações pequenas e pouco valorizadas pelas autoridades políticas. Faltam-lhes recursos humanos, materiais e logísticos para conduzir investigações com mais efetividade. Todavia, muitas destas corporações ficam olhando para o retrovisor quando poderiam liderar transformações fundamentais.
Isso porque, ao contrário das polícias militares, que ao longo dos anos construíram um pensamento estratégico que as coloca em posição de força para negociar com os governos, as polícias civis do Brasil atuam muitas vezes de forma descoordenada e sem um projeto claro de instituição.
Já Ministérios Públicos e Poder Judiciário, que respondem por boa parte do tempo médio de tramitação dos processos criminais, parecem muitas vezes não se sentirem corresponsáveis pela segurança pública, pela enorme quantidade de presos provisórios ou pela ampliação do sentimento de insegurança e impunidade que vige no país.
Hoje temos um enorme jogo de empurra, pelo qual cada corporação ou ator político defende sua posição institucional, mas ninguém assume o controle do crime e a prevenção da violência como missão. Todos têm razão, trabalham muito, mas a segurança pública fica sem dono; sem de quem a população possa cobrar resultados.
A investigação criminal no Brasil vive em um ambiente vintage típico do Império, quando a figura do inquérito policial foi criada. Só que, como os novos dados do Monitor da Violência nos alertam, temos que parar de valorizar o grande cartório da impunidade que se transformou a atual política criminal do país. Não podemos ter dúvidas em dizer, em alto e bom som, que o Brasil precisa priorizar a vida e reduzir a violência. 
*Renato Sérgio de Lima e Samira Bueno são diretores do Fórum Brasileiro de Segurança Pública

MONITOR DA VIOLÊNCIA
Url da matéria: https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/cartorio-da-impunidade.ghtml

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Ataque deixa ao menos oito mortos em Nova Iorque


imagem: reprodução

Pelo menos oito pessoas morreram e 11 ficaram feridas quando uma caminhonete avançou nesta terça-feira sobre ciclistas e pedestres nas proximidades do World Trade Center - cenário do emblemático atentado de 2001 no sul de Manhattan, em Nova Iorque. "Esse foi um ato de terror covarde", disse o prefeito da cidade, Bill de Blasio. De acordo com o Departamento de Polícia de Nova Iorque, o motorista gritou "Allahu akbar" (Alá é o maior), quando saiu do veículo armado com dois revólveres. Atingido por um oficial, ele foi preso e levado a um hospital. A polícia não revelou a identidade do autor, apenas sua idade: 29 anos. O governador do estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo, descreveu o motorista como um "lobo solitário". Segundo ele, "não há nada que sugira uma ampla conspiração", embora tenha alertado que mais forças de segurança estarão nas ruas da cidade a partir de agora. O prefeito Bill de Blasio afirmou que foi um dia trágico para a cidade e disse que a prefeitura dará suporte às vítimas do incidente. Ele ainda pediu para que as pessoas fiquem vigilantes nesta noite de Halloween. Esse é o primeiro atentado com veículos nos EUA a deixar vítimas fatais. Ataques do tipo se multiplicaram a partir de meados de 2016, quando um tunisiano usou um caminhão para matar 84 pessoas em Nice, na França, durante a celebração de 14 de julho. Os Estados Unidos registraram dois casos antes, em 2006 e novembro de 2016, mas eles não deixaram vítimas fatais. O último grande atentado com veículo ocorreu em agosto, na Espanha, quando uma van avançou sobre uma multidão em uma área turística de Barcelona, deixando 13 pessoas mortas e 100 feridas.
Fonte da matéria: http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2017/10/internacional/594044-ataque-deixa-ao-menos-oito-mortos-em-nova-iorque.html

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Corpo de policial civil é enterrado com homenagens em Araçatuba


Url da imagem: http://sbtinterior.com/thb.php?src=galeriaf/1508243773andre1-jpg.jpg&w=550
O corpo do policial civil André Luís Ferro da Silva, que tinha 37 anos, foi enterrado nesta manhã (17), no cemitério Jardim da Luz, em Araçatuba. Policiais militares, civis e o Corpo de Bombeiros, além de parentes e amigos, prestaram as últimas homenagens ao policial.

André, que fazia parte do GOE (Grupo de Operações Especiais), foi a única vítima que morreu durante o mega-assalto a unidade da Protege, que causou pânico e terror entre os moradores de Araçatuba. Ele deixou esposa e três filhas.

O policial foi chamado pelos pais, que moram no bairro Santana, onde aconteceu o crime, para verificar o que estava acontecendo. Ao chegar próximo do local do crime, ele foi alvejado. Ainda segundo a polícia, André iria para a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) após um chamado da Polícia Civil durante a ocorrência.
Url da imagem: http://sbtinterior.com/thb.php?src=galeriaf/1508242396whatsapp-image-2017-10-17-at-10-12-02-jpeg.jpeg&w=550

 Durante a ação, os bandidos explodiram paredes da empresa de transporte de valores, cercaram a sede do CPI-10 (Comando de Policiamento do Interior) com caminhões e armamento de grosso calibre. Eles ainda fecharam a rodovia Marechal Rondon (SP-300) e a estrada que dá acesso ao aeroporto Dario Guarita para impedir a decolagem do helicóptero Águia.

Até agora, nenhum envolvido foi preso. Oito veículos usados pelos bandidos durante o crime foram apreendidos em cidades da região.


A Protege não informou o valor do dinheiro levado pelos criminosos. As investigações continuam.
Url da matéria: http://sbtinterior.com/noticia/corpo-de-policial-civil-e-enterrado-com-homenagens-em-aracatuba.html

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Las Vegas: Estas son las armas utilizadas por Stephen Paddock

Una está equipada con una mira telescópica

imagen: http://www.veteranstoday.com/wp-content/uploads/2016/06/IMGP0715.jpg

La prensa difundió las primeras imágenes de las armas utilizadas por Stephen Paddock para disparar desde el piso 32 del hotel Mandalay Bay sobre los asistentes a un recital de música country, donde murieron al menos 59 personas y 527 resultaron heridas.
Los dos fusiles de asalto presentes en las fotos publicadas por la cadena Boston 25 News son variantes del AR-15, la versión civil y semiautomática del famoso M-16 y su carabina M-4, en servicio en el ejército de los Estados Unidos desde la Guerra de Vietnam.
Una de las armas está equipada con una mira telescópica y un bípode, lo que implica que habría sido usada para disparar con precisión desde la habitación del hotel, que se encuentra a unos 450 metros del predio en que se desarrollaba el Route 91 Harvest Festival.
El otro fusil tiene una mira de tipo reflex sobre un riel Picatilly, menos apta para el tiro a distancia, pero tiene un cargador especial con mayor capacidad para las municiones calibre .223 (5,56X45mm) utilizadas por estas armas. Además, puede verse una adaptador en la culata que permite el tiro automático.
Además de múltiples vainas vacías, las imágenes muestran el martillo con el que el tirador presuntamente rompió el vidrio de la ventana para comenzar su masacre, según señala Infobae.
¿Pero por qué acumulaba 23 de estas armas, que habría subido en 10 valijas a la habitación del hotel?
Numerosos testigos reportaron haber escuchado fuego automático, es decir una rápida sucesión de disparos, durante el ataque. Por esta razón se reportó que una ametralladora había sido utilizada.
Prohibidas en casi todo el mundo, estas armas mortíferas pueden ser compradas por civiles en los Estados Unidos, pero los requisitos y los impuestos hacen que sea mucho más difícil.
"El alto número de armas de fuego encontradas en el hotel sugieren que el tirador estaba preocupado por el calentamiento de los cañones. Estos cañones pueden llegar a temperaturas de varios cientos de grados, se ponen naranja e incluso azules por el disparo de municiones que salen a cientos de metros por segundo", explicó el periodista especializado Alex Horton al Washington Post.
Las ametralladoras utilizan cañones más gruesos capaces de soportar el tiro sostenido, pero Paddock presuntamente no habría logrado hacerse de una.
En cambio consiguió decenas de fusiles de asalto AR-15, un popular modelo que actualmente poseen millones de estadounidenses, que es fabricado bajo licencia por numerosas empresas y que ya fue hallado en masacres como la de San Bernardino, en California, en Aurora, Colorado, y en Newton, Connecticut.
Según el periódico británico Daily Mirror, entre las variantes del fusil de asalto se encuentra las de fabricación belga FN-15 y las estadounidenses Daniel Defense DDM4.
Se trata incluso de un arma modular, construida en diferentes secciones fácilmente intercambiables, que los usuarios modifican constantemente, por lo que no suele haber dos iguales.
El sheriff de Las Vegas, Joe Lombardo, dijo en una conferencia de prensa que habían encontrado vainas de calibre .223, utilizado por el AR-15 y de .308 (7,62x51mm), un tipo también militar muy usado en cacería.
También informó que había armas de la empresa Sig Sauer y una variante del AK-47, aunque no se encontraron aún vainas de los calibres 5,45x39mm y 7,62x39mm utilizados por estas armas de diseño ruso.

Tampoco se reportó que el tirador hubiera tenido entrenamiento militar, y quizás esto explique que haya llevado armas que, a 450 metros de distancia, se encuentran al límite de sus capacidades.
Url: http://www.andina.com.pe/Agencia/noticia-las-vegas-estas-son-las-armas-utilizadas-stephen-paddock-685084.aspx

sábado, 30 de setembro de 2017

Dia da Polícia Civil do Estado de São Paulo

Imagens: Arquivo pessoal e Internet/Colagem: Israel Coutinho

LEI Nº 12.259, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2006.

Institui o "Dia da Polícia Civil do Estado de São Paulo".

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:

Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:

Artigo 1º - Fica instituído o "Dia da Polícia Civil do Estado de São Paulo", a ser comemorado, anualmente, no dia 30 de setembro.
Artigo 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, aos 15 de fevereiro de 2006.
Geraldo Alckmin
Saulo de Castro Abreu Filho
Secretário da Segurança Pública
Arnaldo Madeira
Secretário-Chefe da Casa Civil

Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 15 de fevereiro de 2006.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Man Acting Crazy On Bus Gets Shot By Cops



Video from a deadly officer-involved shooting in northwest Oklahoma City was released Monday. Police say the events started June 24th. Miguel Angel Chavez-Angles first encountered police around 12:33 p.m. at the St. James Catholic Church in the 1100 block of S.W. 45th. Church staff told police that Chavez was praying at the church and was very upset about his potential divorce. He was reportedly banging his head on the floor.
Officials say an officer spoke with Chavez and he agreed to go to St. Anthony's Hospital for an evaluation. He was transported to St. Anthony's around 1:35 p.m. and discharged from the hospital about two hours later. At 4:30 p.m., police say Chavez called his wife and told her he was walking the streets, trying to find a ride. About fives minutes later, police received reports about a kidnapping near 11th and Walker.
Chavez allegedly got into a vehicle with two women and told them to drive. Witnesses followed the vehicle Chavez was driving all the way to N.W. 22nd and Western, where he allegedly got out of the car and ran into O'Reilly Auto Parts and locked the door. Police say the store manager asked Chavez to leave. That is when he allegedly ran to a nearby city bus. An officer followed behind him.
Police say the surveillance video from the bus shows Chavez was acting aggressively towards the officers. On the security video, Chavez is heard urging to bus driver to drive. "I will give you whatever you want," Chavez said. He asks the driver not to open the door, and tells him to keep driving. In the video, Chavez is seen grabbing one of the fire extinguishers on the bus and taking the pin out.
That is when the bus driver, John Mobley Jr., asks Chavez to get off the bus. When Chavez refuses to get off the bus, Mobley then stops the bus and asks everyone on the bus to get off. Police officers quickly arrive on scene. When Chavez sees Officer Heather Lane, he attempts to throw the fire extinguisher at her. However, when the fire extinguisher slips out of his hand, he reaches for Officer Lane's gun.

The two struggle for the weapon and then one shot goes off. Police say that is when Officer Daniel Carli gets on the bus to assist Officer Lane. Officer Carli then fires several shots, striking Chavez. Police say Chavez died on the bus. The two officers involved remain on restricted duty.

Source: TITANVORTEX

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Polícia identifica os 10 suspeitos de roubo à residência mortos no Morumbi

Operação após roubo de casa em bairro nobre da Zona Sul de São Paulo teve tiroteio. Nenhum dos treze policiais ficaram feridos.

Fonte do vídeo: TV Brasil
O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) divulgou na segunda-feira (4) os nomes dos dez suspeitos que morreram após assalto a uma casa no Morumbi, na Zona Sul de São Paulo, no domingo (3).
A operação teve apoio do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra). Nenhum dos treze policiais ficaram feridos.
Confira os nomes dos suspeitos mortos:

1 - Mizael Pereira Bastos, o Sassá, de 28 anos;
2 - Felipe Macedo de Azevedo, o Miojo, de 24 anos;
3 - Hudson Macedo, o Neném, de 29 anos;
4 - Ires da Silva Queiroz, de 28 anos;
5 - Rafael Anunciação dos Santos, de 28 anos;
6 - Edmilson José Rocha, de 35 anos;
7 - Jeferson Souza de Melo, de 33 anos;
8 - Paulo Ricardo Sena Matos, de 30 anos;
9 - Rodrigo Kaique Evangelista dos Santos, de 18 anos;
10 - Paulo Alberti Mauriti da Costa, de 29 anos.

Segundo a polícia, os assaltantes estavam armados com quatro fuzis, três revólveres e duas pistolas quando invadiram, uma casa na Rua Puréus, onde estavam quatro moradores, sendo três adultos e uma adolescente.
O delegado Ítalo Zaccaro Neto, responsável pela operação, disse que não tem prazer nenhum em ações que terminam em mortes. "Estou aqui há 30 anos e o revide deles está muito violento. Somos seres humanos como outros quaisquer. Gostaria que fosse diferente", disse.
Foram quase 20 minutos de intenso tiroteio. Um morador gravou o som de tiros entre policiais civis e criminosos. O vídeo feito por celular não mostra o confronto, mas captou o som dos disparos. Foram ouvidos tiros, disparos e rajadas de armas como fuzis, revólveres e pistolas.
Outros moradores do Morumbi chegaram a pensar que os tiros fossem, na verdade, fogos de artifício.
Url da matéria: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/policia-identifica-os-10-suspeitos-de-roubo-a-residencia-mortos-no-morumbi.ghtml

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Delegado Claudinê Pascoetto

Homenagem
Fonte da imagem: Memórias da Polícia Civil de São Paulo
Carlos Alberto Marchi de Queiroz*
Claudinê Pascoetto, delegado ímpar da Polícia Civil, da segunda metade do século 20, faleceu em Campinas, no dia 15 de julho de 2017. Estava com 74 anos.
No círculo exclusivo das autoridades e agentes que combatem o crime e a contravenção, doutor Pascoetto foi figura reverenciada. Identicamente, como professor de Direito Constitucional.  Aconselhava pares, comandados e alunos a respeitar os Direitos Humanos.
Campineiro da Vila Industrial, nascido em 9 de outubro de 1942, o libriano Claudinê era filho de humilde ferroviário da Companhia Mogiana. Sua mãe era de prendas domésticas. Após concluir o primário, no bairro, estudou no Colégio Estadual Culto à Ciência, onde destacou-se em atividades literárias  de Português e de Francês. Ingressou na Faculdade de Direito da então UCC, graduando-se, com distinção, em 1967. Pagou o curso trabalhando como bancário. Advogou alguns meses, antes de prestar concurso.
Como autoridade policial, pontificou na defesa do Estado Democrático de Direito, mesmo  policiando durante os Anos de Chumbo. Apesar de não deixar obras publicadas, Pascoetto elaborou preciosos relatórios em inquéritos instaurados para apurar infrações penais de ordem político-social, peças preservadas no Arquivo Oficial do Estado, na Capital.
Iniciou a carreira na região de São Carlos, em 1968. Em razão de seu saber jurídico, foi convocado para atuar no Dops. Foi destacado para atuar na CEI - Comissão Especial de Investigações- junto ao comando da  4ª Zona Aérea do Ministério da Aeronáutica.  Destacou-se pelo respeito aos Direitos Humanos assessorando oficiais da FAB em IPMs  instaurados contra opositores do regime militar de 1964.
O Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, não alterou a personalidade da elegantíssima autoridade. Continuou a tratar amigos e opositores com respeito. Admirado pelas mulheres, causava uma pontinha de inveja nos homens, que o apelidaram de Príncipe. Mantinha ótimo relacionamento com a imprensa, especialmente com Celso Afonso, Gonçalo Gonçalves e Antonio Erbolato.
Em razão de sua finíssima educação, tornou-se o primeiro titular da delegacia de Viracopos, onde grangeou amigos, permanecendo no comando por mais de uma década. Transferido para o Aeroporto de Congonhas, tornou-se, logo após, o primeiro titular da Delegacia do Turismo, na Avenida São Luiz, em São Paulo. Era fluentíssimo em inglês, francês e italiano.
Por ocasião da chegada ao Brasil de Américo Thomaz e Marcello Caetano, presidente e primeiro ministro de Portugal, depostos pela Revolução dos Cravos, de 25 de abril de 1974,  Pascoetto foi a primeira autoridade a ingressar na aeronave da TAP, em Viracopos, assegurando-lhes o direito de asilo concedido pelo Brasil. Testemunhei, a poucos metros, o momento histórico.
 Foi excelente professor de Direito Constitucional . Tinha grande facilidade de expressar-se por palavras e por escrito. Haroldo Ferreira, antigo diretor da Academia de Polícia, onde Pascoetto lecionou Direito Constitucional, desde 1991, para as carreiras policiais, considerava-o um excelente professor. “Ele era um docente que cativava os alunos, pelo profissionalismo e pela clareza.”
Entre centenas de casos importantes solucionados, destacou-se pela prisão do mais poderoso bicheiro do Brasil,  Castor de Andrade, no Salão do  Automóvel, no Parque do Anhembi, no dia 26 de outubro de 1994. O rei da contravenção, de peruca e bigode, negros, com mandado de prisão em aberto, ousou sair do Rio de Janeiro viajando para São Paulo.  Acabou algemado por Pascoetto.
 Dedicou-se, por mais de 20 anos, ao ensino do Direito Constitucional na Faculdade de Direito da PUC-Campinas. Tinha mestrado pela USP. Na época, foi orientado pelo professor Manoel Gonçalves Ferreira Filho, ex- vice governador, de quem  tornou-se amigo pessoal.
O senador José Serra, em seu livro Cinquenta anos esta noite, Record, 1ª edição, 2014, página 248, traça breve perfil de Claudinê, que o interrogou, cavalheirescamente, por mais de oito horas, nas dependências do Aeroporto de Viracopos, quando de sua volta do exílio, em 18 de maio de 1977.
Doutor Pascoetto encerrou sua brilhante carreira como diretor do Deinter-1, de São José dos Campos, em 2012, integrando o Conselho da Polícia Civil. Antes, foi delegado secional de polícia da Zona Norte, em São Paulo, e diretor da Divisão de Material. Modernizou unidades policiais, armamentos, comunicações e veículos.  Estudou combate ao narcotráfico na Polícia Nacional do Japão. Sempre foi promovido por merecimento.
Foi casado com a delegada de polícia Delma Pascoetto. Deixou um casal de filhos, Luiz Gustavo e Cláudia Helena, ambos delegados. Tocava saxofone. Nos últimos tempos atuava como advogado voluntário da Feac, de Campinas. Convenceu-me a ser delegado. Estava rascunhando um livro de memórias quando foi surpreendido pelas Parcas.
*Carlos Alberto Marchi de Queiroz é professor de Direito e membro da Academia Campinense de Letras.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Homenagem ao Policial Civil Bruno 'Xingu' Guimarães Buhler

Policial Civil Bruno Guimarães Buhler tinha 36 anos e há sete trabalhava na corporação. Ele foi saudado como 'guerreiro-herói' pela corporação.

imagem: reprodução
Bruno era lotado na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil. Ele foi baleado no pescoço e socorrido no Hospital Geral de Bonsucesso. Segundo a unidade médica, a equipe que o atendeu realizou todos os procedimentos para reanimação, porém, sem sucesso. O policial morreu após uma parada cardíaca.
Em nota, a Polícia Civil informou que Bruno foi admitido na corporação em 2010 e desde 2014 estava na Core, a tropa de elite da Instituição. Apelidado de Xingu, ele foi classificado pela corporação como “um exímio atirador”.
No comunicado enviado à imprensa, a Polícia Civil prestou solidariedade à família e aos amigos de Bruno, destacando o reconhecimento dado ao agente pelos sete anos dedicados ao trabalho policial. “Guerreiro-Herói: você viveu e morreu combatendo o bom combate”, enfatizou a corporação.
URL: https://www.youtube.com/watch?v=IzjLGta_HAs
Operação no Jacarezinho

Além de Bruno, outra pessoa foi baleada na troca de tiros ocorrida durante a operação na comunidade do Jacaré. Identificada como André Macedo, a vítima foi baleada na perna direita e socorrida no Hospital Municipal Souza Aguiar.
A operação começou pela manhã e prendeu 15 pessoas, apreendeu 32 motos e seis carros, além de drogas. A ação, que também foi realizada na comunidade do Manguinhos, estava sendo elaborada há oito meses e contou com cerca de 200 homens da Delegacia de Combate às Drogas, da Força Nacional e de outras delegacias especializadas.
A intenção da polícia era cumprir 23 mandados de prisão.As circunstâncias em que Bruno foi baleado estão são investigados pela Polícia Civil.
Dois PMs assassinado em menos de 12 horas
Entre a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado, dois policiais militares foram mortos na capital fluminense. Ambos os crimes ocorreram na Zona Norte da cidade.
Fonte da matéria: http://g1.globo.com/


quinta-feira, 27 de julho de 2017

Agente Melissa foi morta após monitoramento e por não andar armada

PCC decidiu assassinar servidora por ser considerada um alvo de “fácil alcance” e para isso seguiu a risca um plano muito bem traçado....

Foto: reprodução
Houve um momento de dúvida entre os assassinos quando finalizavam os preparativos para a morte de Melissa de Almeida Araújo, 37. Era realmente necessário matar a mãe de um filho de dez meses? Na discussão prevaleceu a ordem do PCC (Primeiro Comando da Capital): sim, a psicóloga do presídio de segurança máxima de Catanduvas (PR) seria a terceira vítima da facção no sistema penitenciário federal.
O planejamento e execução do homicídio que aconteceu em maio seguiu uma rígida divisão de tarefas, apurou o UOL com fontes ligadas à investigação do caso.
Três meses antes do assassinato, uma "equipe de levantamento de informações" chegou à região de Cascavel (PR). Com uma população estimada em mais de 316 mil habitantes pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a cidade se caracteriza por ser um polo do agronegócio baseado na cultura da soja.
Melissa morava com o marido, o policial civil Rogério Ferrarezzi, em um condomínio de classe média de Cascavel --distante 55 km de Catanduvas.
"Em um dos celulares dos criminosos apreendidos pela polícia, foram encontradas fotos de várias casas e carros de agentes que trabalhavam na prisão de Catanduvas", diz, sob a condição de sigilo, um dos agentes que trabalham na unidade prisional. Ele próprio foi um dos monitorados pelo grupo criminoso.
"Eles chegaram a ter audácia de bater nas portas de algumas residências para verificar os endereços dos agentes", acrescenta.

PCC quer intimidar e desestabilizar

O UOL revelou no último dia 30 de junho que a maior facção criminosa do país, de acordo com a PF, cometeu os homicídios com o objetivo de "intimidar e desestabilizar" os servidores que trabalham nas quatro unidades federais do país: Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO).
De acordo com parecer do MPF (Ministério Público Federal), o regime aplicado nestas penitenciárias é considerado "opressor" pelo PCC, pois os agentes costumam barrar o acesso dos presos dessas unidades a "regalias ilícitas", como a posse de telefones celulares dentro das celas.

Por que matar Melissa?

Nas investigações sobre os três casos, ficou comprovado que não havia um caráter pessoal na escolha daqueles que seriam assassinados. "Eles não visam as pessoas, e sim o Estado. Os agentes são representantes do poder público. Eles querem abalar o sistema penitenciário federal como um todo", afirma um membro do MPF que atua em um dos casos.
Melissa foi escolhida como a terceira vítima, depois de ter sua rotina monitorada por pelo menos 40 dias, por uma razão específica: ela não andava armada. Mesmo com a contrariedade de alguns dos assassinos "por matar uma mulher", o destino da psicóloga foi decidido por ela ser considerada um alvo de "fácil alcance", afirma um dos investigadores da PF que trabalha no caso.
"Quando a morte dela foi anunciada na penitenciária, os próprios presos ficaram surpresos. Ela era vista com simpatia por eles, por trabalhar sempre de acordo com os padrões estabelecidos, ajudando-os inclusive dentro da legalidade", diz outro agente ouvido pela reportagem.
Melissa trabalhava no sistema penitenciário federal desde o ano de 2009. Ela era responsável por fazer o acompanhamento psicológico dos presos de Catanduvas e voltara da licença-maternidade havia poucos meses.

Morte dentro de casa

No meio da tarde de 25 de maio, Melissa saiu do presídio de Catanduvas. Pegou o marido de carro na delegacia em que ele trabalhava e os dois seguiram à creche para buscar o filho de dez meses.
Por volta das 18h, o carro dela chegou ao condomínio onde morava. Ela não tinha notado, mas havia sido seguida desde o começo da manhã por homens distribuídos em três carros roubados.
Melissa passou pelo portão do condomínio e ao menos um dos carros conseguiu entrar logo depois. Acionou o botão da garagem de sua casa e, enquanto ela manobrava o carro, dois homens armados com pistolas 9 milímetros saíram do carro onde estavam e começaram a disparar contra ela.
Rogério Ferrarezzi sacou sua arma e revidou os tiros. O policial foi atingido pelo menos oito vezes. Melissa saiu do carro com o bebê no colo e correu para dentro de casa, mas os atiradores conseguiram alcançá-la. Ela recebeu dois tiros no rosto. O filho saiu ileso.
"É o padrão do PCC para execução agora. Eles usam pistola Glock de calibre 9 milímetros, com modificação para rajada e carregador de 30 munições", diz um investigador da PF. A arma de uso exclusivo da PF e das Forças Armadas também foi utilizada na morte do agente Alex Belarmino, em setembro de 2016.
Logo após o atentado, uma operação envolvendo várias forças policiais fechou as saídas da cidade e conseguiu prender quatro envolvidos no crime. Outros dois suspeitos foram mortos a tiros. Pelo menos metade deles tem ligação com o PCC, apurou a reportagem.
Procurado pelo UOL, o delegado federal Marco Smith afirmou que o inquérito ainda está em andamento e que a investigação é sigilosa. "O que podemos dizer neste momento é que as provas colhidas até aqui apontam para a participação de membros de uma facção criminosa fundada em São Paulo", disse.
Fonte: Uol

quarta-feira, 5 de julho de 2017

INQUÉRITO POLICIAL PRESIDENCIAL

Processo Penal

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Carlos Alberto Marchi de Queiroz*
Quem diria que um dia um presidente da República Federativa do Brasil seria indiciado em inquérito policial, intimado por telefone por uma escrivã de polícia, interrogado mediante questionário, com direito a permanecer calado, passar à condição de réu em ação penal, após relatado o procedimento, acusado de prática de corrupção passiva no exercício do cargo em denúncia  encaminhada à Câmara Federal pela presidente do STF, e notificado formalmente da imputação pelo presidente da  Casa?
Nunca antes, na história deste País, parafraseando famoso réu da 13ª Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba, um ocupante da curul máxima do Poder Executivo, presidente da Terra Papagalorum , havia sido submetido a uma rigorosa investigação, presidida pelo STF, auxiliado pela Polícia Federal, e acompanhada por procuradores da República.
 Ainda era garoto, de dez anos, matriculado no quarto ano do curso primário, hoje quinta série do ensino fundamental, quando, na manhã de 24 de agosto de 1954, o diretor do grupo escolar, em Araraquara, entrou de supetão na sala de aula.  Cochichou, antes que nós ficássemos em pé, algo no ouvido da professorinha, saindo rapidamente. A mestra, adolescente, dirigindo-se à classe, disse, com tristeza: “Vão todos para casa. As aulas estão suspensas. O ’Bom Velhinho’ morreu. Até amanhã.”
Anos depois entendi as razões do ato extremo do presidente Vargas, que, forçado a licenciar-se do cargo pelas Forças Armadas, e na iminência de vir a ser indiciado em inquérito policial militar, instaurado na Base Aérea do Galeão, para apurar a morte de um top gun da FAB, deu um tiro de Colt, calibre 32, no peito, dentro do Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, Distrito Federal, então.
Dias antes, em 5 de agosto, o major-aviador Rubens Florentino Vaz, herói nos céus  da Itália, piloto dos mortíferos Thunderbolt, P 47 D, do 1º Grupo de Aviação de Caça, o “Senta a Pua”, morrera num atentado na Rua Tonelero, 180, em Copacabana, do qual saiu ferido, no pé, o jornalista Carlos Lacerda. Foram emboscados por pistoleiros de aluguel, a serviço de Gregório Fortunato, chefe da guarda pessoal de Getúlio. O suicídio comoveu a Nação, tanto quanto a morte de Ayrton Senna, em 1º de maio de 1994.
O inquérito policial, criação brasileira, é procedimento administrativo de natureza judiciária, presidido por delegado de polícia, estadual ou federal, destinado a investigar a materialidade e a autoria de crimes de médio ou grande potencial ofensivo, pois infrações penais de bagatela são apuradas pelos Juizados Especiais Criminais, desde 1999.
 Poderoso instrumento de busca da verdade real, existe desde 31 de janeiro de 1842, quando Dom Pedro II iniciava seu longo reinado. Remodelado em 1871, ainda como lei especial, o inquérito policial foi incorporado pelo Código de Processo Penal, de 7 de dezembro de 1940, do artigo 4º ao 23. Antes de 1842, a apuração das infrações penais era feita exclusivamente por juízes criminais. Magistrados presidiam devassas, de origem portuguesa, como a que indiciou Tiradentes.  Porém, muito preocupados com o crescimento da violência, os juízes criminais resolveram criar para si os delegados criminais, hoje delegados de polícia. Também, o inquérito policial. Porém, reservaram para si casos especialíssimos, envolvendo pessoas muito importantes, como Temer, cujas investigações são presididas pelo ministro Luiz Edson Fachin, do STF, auxiliado por delegados e agentes da Polícia Federal, acompanhadas por procuradores da República coadjuvantes, nunca protagonistas da histórica apuração policial judiciária.
O inquérito policial VIP, privilégio cartorial que protege Michel Temer, calcado nos princípios “the king can do no wrong”, “le roi ne peut mal faire”,  e, igualmente, no dogma bíblico “rex non potest peccare”, chegou ao Brasil com Cabral, o das caravelas. Decorridos quinhentos anos, essa franquia poderá continuar vigorando por muito tempo, caso não ocorra uma reforma constitucional no sentido que acabar, de vez, com o imoral foro privilegiado, deixando os processos criminais nas mãos exclusivas de juízes togados, à semelhança de muitos países do hemisfério norte.
 Todavia, a blindagem de foro não se esgota aqui. Recebido o inquérito policial presidencial pelo ministro do STF, os autos foram enviados ao Procurador-Geral da República. Rodrigo Janot, ofereceu denúncia que, nos termos da cabeça do artigo 86 da Constituição Federal, poderá, ou não, ser agora admitida pela Câmara Federal, cuja terça parte é  investigada ou ré na Suprema Corte. Só depois o STF, composto por ministros nomeados pela Presidência, poderá receber, ou rejeitar, a inicial acusatória. Não se sabe, ainda, se haverá, ou não, ação penal presidencial. O processo penal avançou muito pouco no Brasil. As instituições continuam funcionando normalmente, dizem os políticos. Será?
*Carlos Alberto Marchi de Queiroz é professor de Direito e membro da Academia Campinense de Letras. 

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Resolução SSP-83, de 19-6-2017

Determina a observância do disposto na Portaria 28-COLOG, de 14-03-2017, do Comandante Logístico do Exército Brasileiro, pelas Polícias Civil e Militar do Estado de São Paulo.

Foto: arquivo pessoal
O Secretário da Segurança Pública, resolve:
Artigo 1º - As Polícias Civil e Militar do Estado de São Paulo deverão observar o contido na Portaria 28-COLOG, de 14-03-2017, do Comandante Logístico do Exército Brasileiro, que deu nova redação a dispositivos da Portaria 51-COLOG, de 8 de setembro de 2015, em especial ao dispositivo no art. 135-A, que autoriza “o transporte de uma arma de porte, do acervo de tiro desportivo, municiada, nos deslocamentos do local de guarda do acervo para os locais de competição e/ou treinamento”.

Artigo 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Fonte: Imprensa Oficial

segunda-feira, 19 de junho de 2017

A cada 17 dias um policial se suicida no Estado


imagem: Internet
Alfredo Henrique
O estresse e o contato diário com a violência fizeram com que 228 policiais se suicidassem no Estado de São Paulo entre 2006 e 2016. Considerando o período e o número de casos, é como se um agente tirasse a própria vida a cada 17 dias. Do total de mortes, 182 foram de policiais militares (79,8%) e 46 de policiais civis (20,2%). Os dados são exclusivos do MetrôNews.
Além dos suicídios, 15.787 PMs foram afastados da corporação, durante o período, para se submeter a tratamento psiquiátrico. Isso corresponde a quatro desligamentos diários entre 2006 e 2016. A reportagem não obteve a quantidade de afastamentos da Civil, nem informações sobre tratamentos oferecidos nesta corporação.
O número de PMs que se mataram “não é normal”, como apontou Aurélio Melo, professor do curso de Psicologia e especialista em suicídio da Universidade Presbiteriana Mackenzie. “Os índices são muito altos. É necessário investigar o que a corporação oferece como tratamento e remediação aos policiais. Falando de modo geral, é preciso entender como os PMs são pressionados, sobre as exigências feitas e também as negligências que sofrem”, disse.
Dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, sobre mortes de policiais em confronto, só reforçam o quão grave é a questão do suicídio entre os “profissionais de farda”. No mesmo período (2006-2016), 205 PMs morreram em serviço, quase a mesma quantidade daqueles que tiraram a própria vida. Assim, o suicídio é responsável por quase metade (exatamente 47%) das mortes não naturais entre os PMs. O ato de matar a si mesmo também é frequente entre os policiais civis. Foram 42 suicídios contra 66 mortes no cumprimento do dever.
A quantidade de PMs mortos em ação é maior, pois estão mais expostos a riscos, pelo fato de trabalharem intensamente nas ruas, tendo maior contato com marginais. Já agentes da Civil estão menos sujeitos a confrontos com criminosos – pois atuam na investigação de delitos.

Pressão de todos os lados
Segundo um sargento aposentado da PM, que terá o nome mantido em sigilo a seu pedido, o policial recebe pressão de todos os lados.
A violência testemunhada no cotidiano da profissão, aliada às cobranças do comando da corporação, são fatores apontados pelo sargento como desgastantes. “Não dá para o PM estar em todos os lugares ao mesmo tempo e coibir de forma incisiva a criminalidade. Isso é cobrado pelos comandantes e estressa muito”, revelou.
O ex-sargento acrescentou que a má remuneração, aliada ao desgaste de “fazer bicos” para completar a renda mensal, contribuem para que alguns policiais desenvolvam problemas emocionais.
A PM foi questionada sobre programas de tratamento psiquiátricos e de prevenção oferecidos pela corporação, mas não houve manifestação até a conclusão desta reportagem.

Cultura prejudicial e “mistura” perigosa
O psiquiatra e coordenador do Serviço de Interconsultas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), Teng Chei Tung, afirmou que o nível “altíssimo” de estresse vivido por policiais e o fato de andarem armados são uma combinação perigosa. “A profissão implica em ter porte de arma, que é o elemento mais letal e mais fácil para se consumar um suicídio”, explicou.

Disse ainda que os valores da corporação, como se submeter a uma hierarquia e não demonstrar fraqueza, podem levar ao desenvolvimento de um quadro depressivo. “O abuso de álcool e drogas também pode contribuir para a consumação de um suicídio. A PM precisa oferecer um tratamento psicológico [aos policiais], além de trabalhar as questões sobre a cultura institucional”, recomendou o psiquiatra.
imagem: reprodução
Url da matéria: http://www.metronews.com.br/ultimas/a-cada-17-dias-um-policial-se-suicida-no-estado/