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domingo, 1 de fevereiro de 2015

Polícia brasileira e polícia francesa comparadas: ligeiras considerações à luz do episódio do Charlie Hebdo


url da imagem: http://i.f1g.fr/media/ext/x/www.lefigaro.fr/medias/2009/01/05/a03221f4-db25-11dd-8500-101f2e2fa19f.jpg

Carlos Alberto Marchi de Queiroz*

Ontem palestrei para 50 amigos num auditório para 75 pessoas. A Polícia brasileira, Federal, Civis e Militares, e as Guardas Municipais, trabalham como agentes do delegado de polícia, que, infelizmente, não judicializa a prova no inquérito policial. 
Na França, a Police Nationale e a Gendarmerie Nationale, cada uma na sua área, urbana e periurbana, trabalham independentemente, para o Ministério Público, que produz o inquérito judicial cujas provas são autenticadas pelo juiz instrutor, evitando a sua repetição em juízo. 
A PN, civil, e a GN, militarizada, são independentes, não se relacionam, como no Brasil, mas trabalham em ciclo completo, do fato à denúncia. As Polices Municipales são equivalentes à nossas GMs .Mas na França os prefeitos são mais confiáveis. Elas trabalham, ou com a PN ou com a GN. Não fazem enquete. Só são forças-tarefas. 
Os policiais franceses, desses três estamentos, ganham muito bem. Todos eles, desde a época da academia de polícia, estudam meio período nas escolas de polícia e trabalham outro meio período na rua. As três polícias francesas ganham muito bem. A PN e a GN tem, ao todo 200.000 policiais, mais 20.000 oficiais administrativos, não policiais, que ganham tão bem quanto os policiais. 
No Brasil, paga-se R$ 900,00 aos administrativos, que não querem trabalhar na policia, pois qualquer doméstica ganha muito mais. Sustentei que o delegado de polícia não vai desaparecer nos nossos 27 Brasis, pois para tal, é preciso uma reforma constitucional. 
Pedi que os políticos contratem administrativos bem pagos pelas respectivas organizações evitando o desvio de função. Sugeri que, desde a academia, os futuros profissionais trabalhem nas ruas. Sugeri, também, uma reforma constitucional a fim de que as nossas GMs passem a ser chamadas de Polícias Municipais, como na Argentina, no Peru, no México , na Alemanha e na França. Não falei do Charlie Hebdo, assunto difícil até para o Papa Francisco. Faltam estudiosos de Policing no Brasil.

* Professor Universitário e docente da Academia de Polícia "Dr. Coriolano Noguera Cobra" do Estado de São Paulo e colaborador do Polícia On-line

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Polícia francesa invade dois cativeiros e mata sequestradores

VEJA MOMENTO DA INVASÃO POLICIAL EM PARIS

url do vídeo: http://youtu.be/jTjD_HcbQqE
Em ação coordenada, a polícia francesa invadiu dois cativeiros onde radicais islâmicos mantinham reféns desde a manhã desta sexta-feira (9). Em Dammartin-en-Goële, a cerca de 40 km de Paris, foram mortos dois homens, suspeitos de atacar a revista Charlie Hebdo. Já no bairro de Vincennes, na capital, o sequestrador morto é suspeito de ter assassinado uma policial. Quatro reféns foram encontrados mortos no local.
Em  Dammartin-en-Goële, estavam os irmãos Said e Cherif Kouachi, suspeitos pelo atentado da quarta-feira (7) à revista francesa Charlie Hebdo, que deixou 12 mortos. Segundo o prefeito da cidade, Michel Dutruge, os dois sequestradores foram mortos na operação.
O refém, de 27 anos, um funcionário de uma pequena empresa de impressão e publicidade, estava escondido e não foi visto pelos sequestradores. Ele foi libertado sem ferimentos e receberá atendimento psicológico. 
Durante a operação, fortes explosões foram ouvidas em Dammartin-en-Goële por jornalistas da AFP; era possível avistar fumaça saindo do local em imagens do canal BFM-TV. 
Poucos minutos depois da invasão em Dammartin-en-Goele, foram ouvidos tiros e explosões na loja judaica onde ocorria um segundo sequestro na capital francesa. A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, confirmou a morte do sequestrador, identificado como Amedy Coulibaly, 32. Ele estava armado com duas pistolas automáticas e um fuzil, e atirou contra duas pessoas antes de entrar no mercado. 
Quatro reféns morreram, segundo confirmou o presidente do país, François Hollande. Outros dez teriam sido libertados, mas quatro estão em estado grave.
homem é o mesmo que matou uma policial na quinta-feira (8) e feriu um funcionário da limpeza em Montrouge, na periferia ao sul de Paris, na quinta-feira (8), e teria exigido o fim ao cerco da polícia aos irmãos em Dammartin-en-Goele em troca dos reféns na loja judaica. Mais cedo, investigadores franceses informaram que o caso de Montrouge e da chacina na Charlie Hebdo tinham conexão.
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, destacou a extrema dificuldade das operações, que colocavam "em grande risco" as vítimas e agradeceu aos agentes envolvidos no salvamento. Ele informou ainda que está mantido o nível de alerta máximo para ameaças terroristas.
"Agradecemos a aqueles que se expuseram à risco de morte para salvar os reféns. Repasso o reconhecimento de toda a nação francesa a esses homens", disse  Cazeneuve, frisando que as operações de segurança contra o terrorismo continuarão nos próximos dias.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2015/01/09/policia-francesa-invade-local-do-sequestro-onde-estao-irmao-suspeitos-por-atentado.htm