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quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Oito criminosos morrem em troca de tiros com a Rone da Polícia Militar em Curitiba

 Todos eram integrantes da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC)

Incidentes ocorreram nos bairros Caximba e Cajuru | Foto: Marcelo Borges/ RICtv / Especial / CP

Oito criminosos morreram em dois confrontos com policiais militares na noite dessa quarta-feira em Curitiba, no Paraná. Os bandidos já tinham antecedentes e faziam parte da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). Os tiroteios ocorreram nos bairros Caximba e Cajuru com os efetivos das Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone) da Polícia Militar do Paraná.

Segundo informações da RICtv, um tribunal do crime era planejado para esta quinta-feira. Oito indivíduos fortemente armados pretendiam executar um antigo cúmplice, que recentemente passou para a facção carioca Comando Vermelho. No entanto, a equipe de inteligência da PM descobriu e conseguiu localizar os suspeitos em Curitiba.

No primeiro confronto, registrado na estrada Delegado Bruno de Almeida, no bairro Caximba, os policiais militares depararam-se com dois criminosos, que tentaram fugir em um Fiat Palio. Houve troca de tiros e ambos foram baleados e morreram.

Já na rua Domênico Tonato, no bairro Cajuru, outros seis membros da facção organizavam o tribunal do crime em uma residência. O efetivo da Rone encontrou um Volkswagen Fox roubado, que estava estacionado em frente da casa, que era usada como “quartel-general”. Na tentativa de abordagem, um novo confronto aconteceu e os seis suspeitos foram mortos.

Nesta moradia, três pistolas, três revólveres, dois coletes balísticos e oito tabletes de maconha foram apreendidos. Conforme a Rone, o homem que seria alvo da execução não foi localizado.

Fonte: https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/pol%C3%ADcia/oito-criminosos-morrem-em-troca-de-tiros-com-a-rone-da-pol%C3%ADcia-militar-em-curitiba-1.870613


quinta-feira, 19 de abril de 2018

Operação Dâmocles prende mais de 40 envolvidos com o tráfico de drogas


Ordens foram expedidas pela Justiça, em Presidente Epitácio, após sete meses de investigações. Polícia Civil aponta o envolvimento dos presos com facções criminosas.
Foto: Polícia Civil SP

Por G1 Presidente Prudente 
19/04/2018
Uma operação desencadeada pela Polícia Civil prendeu na manhã desta quinta-feira (19) 47 pessoas investigadas por envolvimento com o tráfico de drogas. Os 42 homens e as cinco mulheres foram presos nas cidades de Dracena, Junqueirópolis, Presidente Epitácio, Presidente Prudente e Santo Anastácio, no Estado de São Paulo, além de Bataguassu e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. As prisões temporárias dos envolvidos, válidas pelo período de 30 dias, foram expedidas pelo Fórum da Comarca de Presidente Epitácio. Paralelamente, ainda houve cinco prisões em flagrante no transcorrer do trabalho nesta quinta-feira (19). De acordo com o delegado Márcio Domingos Fiorese, as investigações tiveram início há sete meses e apontaram o envolvimento do grupo com facções criminosas. Os presos são investigados por envolvimento com os delitos de tráfico de drogas, associação ao tráfico e organização criminosa. Além das prisões, os policiais também apreenderam 715,54 gramas de maconha, 11 porções de crack e 48 aparelhos celulares dos envolvidos. O trabalho realizado nesta quinta-feira (19) recebeu o nome de Operação Dâmocles, em alusão à pessoa que se envolve com o poder sem ter noção do perigo que corre, segundo o delegado.
Foto: Polícia Civil SP

Milícia
As investigações tiveram início a partir das informações encontradas no telefone celular de uma pessoa presa em flagrante no ano passado por tráfico de drogas. A Polícia Civil descobriu o envolvimento de presidiários que, mesmo dentro das penitenciárias, comandavam a organização criminosa voltada à obtenção de lucro com o tráfico de drogas. A comunicação entre os criminosos ocorria através de telefones celulares.
Foto: Polícia Civil SP

O que despertou a atenção dos policiais civis no início do trabalho foi a constatação de vínculo, para fins de comércio de drogas, de alguns jovens frequentadores de baladas noturnas em Presidente Epitácio, esbanjando padrão de vida incompatível com a falta de renda lícita suficiente para tanto, com presidiários membros de facção criminosa, fato este corroborado com o aprofundamento das investigações pelo serviço de inteligência que evidenciou a existência do grupo em questão.
Chefiada e integrada por membros de facção criminosa, hierarquicamente estruturada e ordenada com a imposição de rígidas regras disciplinares próprias a serem seguidas por todos os integrantes, inclusive, pelos associados não “batizados”, com destaque à cobrança de dívidas de drogas mediante violência física, a organização demonstrou altíssima periculosidade, principalmente, por sua atuação típica de milícia privada, representada pelo domínio de atuação territorial, segundo a Polícia Civil.
As investigações revelaram a demonstração de força da liderança da organização criminosa para garantir a exclusividade no comércio de drogas na cidade, a oferta de bairros na modalidade de “arrendamento” para a venda de entorpecentes e ainda um perigoso esquema de serviço de “segurança privada” à coletividade, com nítido intuito de afastar a presença do poder público na localidade e a cooptação de novos simpatizantes do crime organizado, além de propiciar um ciclo vicioso retratado pela prática de crimes patrimoniais pelos próprios inadimplentes da facção, como saída para quitar dívidas provenientes do repasse de entorpecentes destinados à revenda, conforme a Polícia Civil. Os homens foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá, enquanto as mulheres ficaram na Cadeia de Dracena, à disposição da Justiça. Os policiais civis também contaram com o apoio do Ministério Público Estadual (MPE) e da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
url da matéria: https://g1.globo.com/sp/presidente-prudente-regiao/noticia/operacao-damocles-prende-mais-de-40-envolvidos-com-o-trafico-de-drogas.ghtml

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Agente Melissa foi morta após monitoramento e por não andar armada

PCC decidiu assassinar servidora por ser considerada um alvo de “fácil alcance” e para isso seguiu a risca um plano muito bem traçado....

Foto: reprodução
Houve um momento de dúvida entre os assassinos quando finalizavam os preparativos para a morte de Melissa de Almeida Araújo, 37. Era realmente necessário matar a mãe de um filho de dez meses? Na discussão prevaleceu a ordem do PCC (Primeiro Comando da Capital): sim, a psicóloga do presídio de segurança máxima de Catanduvas (PR) seria a terceira vítima da facção no sistema penitenciário federal.
O planejamento e execução do homicídio que aconteceu em maio seguiu uma rígida divisão de tarefas, apurou o UOL com fontes ligadas à investigação do caso.
Três meses antes do assassinato, uma "equipe de levantamento de informações" chegou à região de Cascavel (PR). Com uma população estimada em mais de 316 mil habitantes pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a cidade se caracteriza por ser um polo do agronegócio baseado na cultura da soja.
Melissa morava com o marido, o policial civil Rogério Ferrarezzi, em um condomínio de classe média de Cascavel --distante 55 km de Catanduvas.
"Em um dos celulares dos criminosos apreendidos pela polícia, foram encontradas fotos de várias casas e carros de agentes que trabalhavam na prisão de Catanduvas", diz, sob a condição de sigilo, um dos agentes que trabalham na unidade prisional. Ele próprio foi um dos monitorados pelo grupo criminoso.
"Eles chegaram a ter audácia de bater nas portas de algumas residências para verificar os endereços dos agentes", acrescenta.

PCC quer intimidar e desestabilizar

O UOL revelou no último dia 30 de junho que a maior facção criminosa do país, de acordo com a PF, cometeu os homicídios com o objetivo de "intimidar e desestabilizar" os servidores que trabalham nas quatro unidades federais do país: Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Mossoró (RN) e Porto Velho (RO).
De acordo com parecer do MPF (Ministério Público Federal), o regime aplicado nestas penitenciárias é considerado "opressor" pelo PCC, pois os agentes costumam barrar o acesso dos presos dessas unidades a "regalias ilícitas", como a posse de telefones celulares dentro das celas.

Por que matar Melissa?

Nas investigações sobre os três casos, ficou comprovado que não havia um caráter pessoal na escolha daqueles que seriam assassinados. "Eles não visam as pessoas, e sim o Estado. Os agentes são representantes do poder público. Eles querem abalar o sistema penitenciário federal como um todo", afirma um membro do MPF que atua em um dos casos.
Melissa foi escolhida como a terceira vítima, depois de ter sua rotina monitorada por pelo menos 40 dias, por uma razão específica: ela não andava armada. Mesmo com a contrariedade de alguns dos assassinos "por matar uma mulher", o destino da psicóloga foi decidido por ela ser considerada um alvo de "fácil alcance", afirma um dos investigadores da PF que trabalha no caso.
"Quando a morte dela foi anunciada na penitenciária, os próprios presos ficaram surpresos. Ela era vista com simpatia por eles, por trabalhar sempre de acordo com os padrões estabelecidos, ajudando-os inclusive dentro da legalidade", diz outro agente ouvido pela reportagem.
Melissa trabalhava no sistema penitenciário federal desde o ano de 2009. Ela era responsável por fazer o acompanhamento psicológico dos presos de Catanduvas e voltara da licença-maternidade havia poucos meses.

Morte dentro de casa

No meio da tarde de 25 de maio, Melissa saiu do presídio de Catanduvas. Pegou o marido de carro na delegacia em que ele trabalhava e os dois seguiram à creche para buscar o filho de dez meses.
Por volta das 18h, o carro dela chegou ao condomínio onde morava. Ela não tinha notado, mas havia sido seguida desde o começo da manhã por homens distribuídos em três carros roubados.
Melissa passou pelo portão do condomínio e ao menos um dos carros conseguiu entrar logo depois. Acionou o botão da garagem de sua casa e, enquanto ela manobrava o carro, dois homens armados com pistolas 9 milímetros saíram do carro onde estavam e começaram a disparar contra ela.
Rogério Ferrarezzi sacou sua arma e revidou os tiros. O policial foi atingido pelo menos oito vezes. Melissa saiu do carro com o bebê no colo e correu para dentro de casa, mas os atiradores conseguiram alcançá-la. Ela recebeu dois tiros no rosto. O filho saiu ileso.
"É o padrão do PCC para execução agora. Eles usam pistola Glock de calibre 9 milímetros, com modificação para rajada e carregador de 30 munições", diz um investigador da PF. A arma de uso exclusivo da PF e das Forças Armadas também foi utilizada na morte do agente Alex Belarmino, em setembro de 2016.
Logo após o atentado, uma operação envolvendo várias forças policiais fechou as saídas da cidade e conseguiu prender quatro envolvidos no crime. Outros dois suspeitos foram mortos a tiros. Pelo menos metade deles tem ligação com o PCC, apurou a reportagem.
Procurado pelo UOL, o delegado federal Marco Smith afirmou que o inquérito ainda está em andamento e que a investigação é sigilosa. "O que podemos dizer neste momento é que as provas colhidas até aqui apontam para a participação de membros de uma facção criminosa fundada em São Paulo", disse.
Fonte: Uol

terça-feira, 25 de abril de 2017

Três suspeitos do maior assalto já registrado no Paraguai morrem

Bandidos levaram o equivalente a R$ 120 milhões.

Três suspeitos morreram em confronto com policiais brasileiros.


Três suspeitos de participar do maior assalto da história do Paraguai morreram na tarde desta segunda-feira (24) em confronto com policiais brasileiros. No ataque a uma transportadora de valores, os bandidos levaram o equivalente a R$ 120 milhões.
Depois de 11 horas de buscas, policiais localizaram em São Miguel do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai, alguns dos suspeitos do assalto milionário.
Os moradores ficaram no meio da ação policial. Para escapar do cerco, os bandidos chegaram a roubar uma viatura da PM. A 40 quilômetros dali, em Itaipulândia, a situação também ficou tensa.
Três suspeitos morreram nesta segunda em confrontos com a polícia. Outros dois ficaram feridos e foram presos. Os reféns foram libertados. A polícia apreendeu veículos blindados, armas e explosivos.
O ministro do Interior do Paraguai falou sobre o roubo.
Segundo com a Polícia Federal, o assalto teve características parecidas com ações criminosas de 2016 em Campinas e também em Ribeirão Preto.
“Esse é um roubo que precisa de um grande planejamento. Já aconteceu fatos similares no Brasil, no interior de São Paulo, ataques a empresas de proteção de valores com grupos fortemente armados”, disse Fabiano Bordignon, delegado da Polícia Federal.
Ciudad do Leste e Este e Foz do Iguaçu estão divididas apenas pela Ponte de Amizade. A empresa de valores assaltada está numa avenida central da cidade paraguaia, a quatro quilômetros do Brasil.
Durante a madrugada, os bandidos colocaram fogo em 13 carros em Ciudad del Este para despistar os policiais. Só depois eles assaltaram a transportadora de valores.
A polícia paraguaia informou a princípio que US$ 40 milhões foram levados, o equivalente a R$ 120 milhões.
Um policial paraguaio que tentou parar os bandidos foi morto. O tiroteio e as explosões assustaram os moradores.
Numa imagem, uma das viaturas da polícia paraguaia é alvo dos assaltantes. Os pontos em verde na lataria do carro são a mira a laser da arma dos bandidos.
Para conseguir entrar na transportadora, os assaltantes explodiram pelo menos dez bombas e outras cinco não foram detonadas, de acordo com a polícia paraguaia.
Foi um ataque forte, tanto que a parede da frente do segundo andar não resistiu e foi parar na rua.
As explosões atingiram também as casas vizinhas. Os bandidos subiram no telhado da casa da dona Angelina.
Url da matéria: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/04/tres-suspeitos-do-maior-assalto-ja-registrado-no-paraguai-morrem.html

terça-feira, 4 de março de 2014

Plano do PCC para resgatar Marcola com avião e helicóptero é descoberto

Destino final dos criminosos seria o Paraguai. Integrantes da facção fizeram aulas de pilotagem na preparação para a fuga


O Primeiro Comando da Capital (PCC) prepara desde janeiro do ano passado um plano para resgatar Marcos Camacho, o Marcola, e outros três integrantes da facção criminosa da Penitenciária-2 de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo. Na fuga seriam usados um avião e dois helicópteros, um deles camuflado com as cores da Polícia Militar, para se passar por um helicóptero Águia. As informações constam em relatório sigiloso das polícias Civil e Militar e do Ministério Público Estadual entregue à Justiça de São Paulo.
Os quatro bandidos seriam resgatados entre os dias 20 e 23 de fevereiro, segundo a TV Globo. As grades de suas celas já estariam serradas e camufladas. Os quatro seguiriam para o pátio interno do presídio e seriam retirados em um cesto blindado preso a um dos helicópteros. Em seguida, seriam levados para o aeroporto da cidade de Loanda, no Paraná, de onde seriam levados para o Paraguai.
Três integrantes da facção fizeram aulas de pilotagem no Campo de Marte, na zona norte de São Paulo para viabilizar o plano. De acordo com o relatório, o instrutor dos criminosos foi Alexandre José de Oliveira Júnior, copiloto do helicóptero do deputado estadual Gustavo Perrella. Júnior foi preso ao descarregar 450 kg de cocaína de um helicótero do deputado no Espírito Santo no fim do ano passado. 
fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Investigação localiza R$ 200 milhões do PCC em contas de laranjas

A dinheirama, segundo o secretário nacional de Justiça, estava em cerca de 500 contas bancárias movimentadas a partir de presídios por membros da organização criminosa

Agência Brasil
Membros do PCC movimentam de dentro dos presídios contas bancárias em nome de laranjas
Por Vasconcelo Quadros- iG São Paulo |

Uma parafernália eletrônica e digital operada por especialistas e identificada com o singelo nome de LAB-LD (siglas do Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro) está revolucionando as investigações no país. No resultado recente mais promissor na guerra contra o crime, a engenhoca ajudou a polícia a identificar a lavandaria financeira do Primeiro Comando da Capital (PCC) cujo império é estimado em R$ 200 milhões – uma verdadeira fortuna erigida através do tráfico e do roubo.
A dinheirama, segundo o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, estava em cerca de 500 contas bancárias movimentadas por integrantes do PCC presos em Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, através de comparsas e parentes em liberdade. Identificada a rede e as movimentações, o dinheiro e os bens em nome de laranjas foram bloqueados e aguardam decisão judicial.
Já se descobriu que parte dos lucros da quadrilha é reinvestida nas operações criminosas e o restante lavado de diferentes formas: mercado financeiro, imóveis, transporte clandestino, comércio ou qualquer atividade que possa ser exercida por terceiros. As investigações prosseguem em 2014 e buscam identificar outras ramificações da quadrilha.
 
O PCC, segundo aponta o rastreamento, erigiu de dentro da Penitenciária II de Presidente Venceslau – onde estão recolhidos seus principais líderes –, uma estrutura econômica cujo desmantelamento se transformou num verdadeiro desafio ao Estado brasileiro. Antes de ingressar na era dos grandes negócios do crime, a organização já exercia o controle de 90% da massa carcerária paulista.
Um conjunto de equipamentos eletrônicos, hardwares e softwares operados por policiais que se especializam na identificação dos rastros de dinheiro sujo, o LAB-LD é uma das principais ferramentas do grupo de inteligência integrada criado em São Paulo após a crise na segurança pública em 2012. A força-tarefa reúne atualmente 19 órgãos públicos estaduais e federais, dedicados a esmiuçar as atividades do PCC e de outras quadrilhas.
Organizadas inicialmente para combater o desvio de recursos públicos, os LABs se destacam por analisar com rapidez e precisão grandes volumes de dados. Os laudos emitidos por especialistas no setor, segundo o secretário Paulo Abrão, têm sido aceitos pelo Judiciário como provas confiáveis. Além disso, livram a polícia de um trabalho excessivamente técnico que, além de gasto em tempo, com frequência não surtia resultado.

Especialistas apontam as seis piores prisões do Brasil

Segundo ele, a eficácia dos LABs pode ser medida pelos resultados obtidos. Entre 2009 e 2013, os laboratórios localizaram em todo o país R$ 19,6 bilhões originários de modalidades criminosas que vão dos crimes contra o patrimônio privado a corrupção em órgãos públicos estaduais e federais.
No Rio de Janeiro, num trabalho que precedeu a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), em 2010, rastreamento norteado pelos LABs identificou e localizou um montante de R$ 6 bilhões, supostamente originários do tráfico de drogas, contrabando de armas e corrupção, em nome de laranjas dos criminosos.

Desde os primeiros convênios firmados em 2008, o Ministério da Justiça já instalou 28 laboratórios, repassando aos Estados serviços, equipamentos e treinamento que custaram investimentos da ordem de R$ 40 milhões.
Em 2014, serão instalados outros 15, completando a rede. “Até o final do ano o Brasil será 100% LAB”, garante o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão.
São Paulo era, até 2012, na crise que resultou na matança de 106 policiais militares a mando do PCC – e que derrubou o ex-secretário de Segurança, Antônio Ferreira Pinto – o último ponto de resistência. Desde então, os organismos estaduais e federais passaram a agir em sintonia para enfrentar o PCC e sua rede esparramada por vários Estados. A Polícia Civil e o Ministério Público receberam os laboratórios.

No inquérito conduzido pelo Ministério Público de São Paulo, a primeira e maior investigação específica sobre o PCC – uma montanha de 876 páginas – descobriu-se que a quadrilha tem ramificações em todos os estados e em países vizinhos, como o Paraguai e Bolívia.
Através de convênio firmado com a Secretaria Nacional de Justiça, as autoridades bolivianas aceitaram a oferta de instalação do LAB e devem colaborar no rastreamento de bens e finanças em nome de criminosos brasileiros. Os indícios apontam que, além de fornecedores da droga e armas, quadrilhas do Paraguai e da Bolívia ajudam a lavar dinheiro do PCC.
fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/