sexta-feira, 29 de junho de 2018

Polícia Civil prende 22 pessoas em operação contra quadrilha envolvida em mega-assalto a empresa de valores

Estão sendo cumpridos 171 mandados judiciais nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Piauí e Minas Gerais. Ao todo, 22 pessoas foram presas durante a operação. Crime foi em outubro em Araçatuba

Por G1 Rio Preto e Araçatuba
28/06/2018 07h19  Atualizado 28/06/2018 16h29
Homem preso em Araçatuba durante a operação Homem de Ferro, que busca envolvidos no assalto a Protege (Foto: Reprodução/TV TEM)
Polícia Civil do Estado de São Paulo, por meio da Delegacia Seccional de Araçatuba (SP), prendeu na manhã quinta-feira (28) 22 pessoas na Operação Homem de Ferro, que investiga o assalto a empresa de valores Protege. O crime aconteceu em outubro do ano passado na cidade.
Segundo a Polícia Civil, até às 15h, foram presas 16 pessoas por mandados de prisão temporária e outras seis em flagrante. As pessoas presas por mandados serão encaminhadas para presídios na região de Araçatuba para serem ouvidas.
Além das prisões, foram apreendidos sete quilos de maconha, 1,2 quilo de cocaína, quatro revólveres, uma pistola e uma espingarda. A polícia também apreendeu dinheiro com os suspeitos presos, totalizando R$ 45 mil.
A polícia conseguiu na Justiça 171 mandados em cinco estados e em penitenciárias. Ao todo, foram expedidos 24 mandados de prisões temporárias e 147 mandados de busca e apreensão. Um homem também foi preso em Rio Claro (SP), suspeito de ter matado um policial civil na ação criminosa.
A operação é realizada simultaneamente em algumas regiões do Estado de São Paulo: capital, Grande São Paulo, região de Campinas, Piracicaba, Rio Claro, Presidente Prudente e Araçatuba, além do Mato Grosso do Sul, Goiás, Piauí e Minas Gerais; e em penitenciárias.
De acordo com a polícia, a operação ganhou esse nome por causa do super herói e também por causa do policial civil morto na ação criminosa. O nome dele era André Luís Ferro da Silva.
“Foi uma investigação de nove meses, complexa, envolvendo uma quadrilha complexa, envolvendo integrantes de organização criminosa. Por meio de vestígios nos carros abandonados, no rancho usado por eles e uma casa próxima a Protege que foi usada durante o mês antes do crime, conseguimos identificar vários integrantes”, afirma o delegado Antônio Paulo Natal durante coletiva.
O objetivo da ação é prender uma quadrilha envolvida no roubo à empresa de valores Protege, em Araçatuba, no dia 16 de outubro de 2017.
Na época, os criminosos, armados com um arsenal de guerra, explodiram o prédio da empresa e roubaram R$ 10 milhões. O assalto terminou com a morte de um policial civil. Câmeras de segurança registraram as primeiras ações do grupo.
vídeo: YouTube
No momento, segundo a polícia, participam da megaoperação cerca de 600 policiais civis, 150 viaturas, além do helicóptero Pelicano da Polícia Civil.
Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/policia-civil-faz-operacao-contra-criminosos-especializados-em-roubos-a-base-de-valores-em-aracatuba.ghtml

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Sistema Único de Segurança Pública


Sessão Plenária do dia 16 de maio, em que foi aprovado o Projeto do Sistema Único de Segurança Pública
Moreira Mariz/Agência Senado
Foi sancionada neste mê em cerimônia no Palácio do Planalto a lei que cria o Sistema Único de Segurança Pública (Susp - Lei 13.675/2018). O sistema foi aprovado pelo Senado em maio, após um esforço conjunto de senadores e deputados para votação do projeto (PLC 19/2018). O objetivo é integrar os órgãos de segurança pública, como as Polícias Federal, Rodoviária Federal e estaduais, as secretarias de segurança e as guardas municipais, para que atuem de forma cooperativa, sistêmica e harmônica.
A segurança pública tem sido uma prioridade dos trabalhos no Congresso este ano.  Na abertura do ano legislativo, em fevereiro, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, defendeu a criação de um sistema unificado de segurança pública e classificou a situação de insegurança em todo o país como uma "nuvem cinza que turva os horizontes do Brasil". Segundo ele, a situação chegou ao ponto de haver raríssimas famílias capazes de dizer que não conhecem uma pessoa vítima de algum tipo de violência.
— Preservar a integridade física dos cidadãos é a primeira obrigação de um estado democrático. Sem o direito à vida, todos os outros direitos humanos perdem o sentido.
Quando o projeto foi aprovado no Plenário do Senado, em maio, Eunício destacou a matéria como a mais importante relacionada à segurança pública que já havia passado pela Casa.
— É uma valiosa contribuição que todos os brasileiros esperam do Congresso Nacional para o combate efetivo da violência pela inteligência — registrou Eunício naquele momento.
Ao sancionar a lei nesta tarde, o presidente da República, Michel Temer, admitiu que o "drama da violência" faz parte do cotidiano dos brasileiros.
— Nós somos todos vítimas de uma criminalidade cada vez mais sofisticada, que exige um combate sofisticado, articulado e coeso — reforçou Temer, dizendo esperar que a sigla Susp seja incorporada ao vocabulário dos brasileiros, como já ocorre com o SUS na saúde.

Política nacional
Além de instituir o Susp, o projeto cria a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS), prevista para durar dez anos, tendo como ponto de partida a atuação conjunta dos órgãos de segurança e defesa social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, em articulação com a sociedade.
O novo sistema de segurança será coordenado e gerido pelo Ministério Extraordinário de Segurança Pública, chefiado atualmente por Raul Jungmann. Em cada região do país será instalado um centro integrado de inteligência regional, cujas informações serão centralizadas em uma unidade nacional em Brasília. O primeiro centro será implantado no Ceará e reunirá as atividades de inteligência de todo o Nordeste.

Vetos
O presidente Michel Temer vetou alguns pontos do projeto de lei aprovado pelo Senado. Um deles pretendia incluir no Susp sistema socioeducativo destinado a menores em conflito com a lei. Outro ponto equipararia agentes penitenciários aos policiais. O terceiro veto sugeria a equiparação do regime jurídico entre a aviação policial e a das Forças Armadas.
Com informações da Assessoria de Imprensa da Presidência do Senado e da Agência Brasil
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)