quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Após morte, Polícia Civil cria força tarefa para testar armas

Pistolas foram distribuídas após a constatação da falha, segundo instrutor. 
Arma de policial teria falhado em troca de tiros em Niterói.


Matheus RodriguesDo G1 Rio
Pistola utilizada por Thiago Tomé era do modelo PT840P (Foto: Reprodução/ Internet)

A Polícia Civil do Rio anunciou nesta terça-feira (24) que vai criar uma força-tarefa para testar pistolas usadas pelos agentes. No último domingo (22), o policial Thiago Tomé de Deus foi morto durante uma tentativa de assalto em Niterói — na ocasião, a arma do agente teria falhado durante troca de tiros. De acordo com um instrutor de tiro da polícia ouvido pelo G1, a corporação tinha conhecimento de problemas no lote de armas distribuiído em 2013.
“Quando a turma do Thiago Tomé que morreu se formou, em outubro de 2013, foram distribuídas 1,5 mil armas para os policiais mesmo sabendo do problema. Elas foram entregues para eles e já sabiam que teriam que ser recolhidas por causa dessa falha. Durante o treinamento da turma dele, os instrutores se machucavam por causa da baixa qualidade da arma”, disse o instrutor.Thiago foi vítima de um assalto quando voltava para casa do Desfile das Campeãs, durante o carnaval do Rio. Ele teria disparado contra os criminosos e, em seguida, uma pane travou a arma. O policial foi baleado e morreu após dar entrada no hospital. A pistola modelo PT840P, que Thiago usava no episódio, é alvo de muitas críticas da categoria. O problema com o armamento não é inédito, de acordo com o instrutor de tiro que conversou com o G1, os problemas existem há pelo menos 10 anos.

"Não é a primeira vez que temos problema com o armamento, tem pelo menos 10 anos. A Polícia Civil do Rio já teve trabalho em 2009 porque a arma travava sozinha e agora essa situação. Estamos tendo um problema no ejetor e no carregador da pistola, o que causa uma pane geral na arma”, disse.
Fernando Veloso anunciou força tarefa para periciar
armas da polícia (Foto: Matheus Rodrigues/ G1)

Força tarefa para periciar armas

Durante um evento do Governo do Estado do Rio, nesta terça-feira (24), o chefe de Polícia Civil do Rio, Fernando Veloso, informou que a arma do policial morto passará por uma perícia e uma força tarefa será feita em todas as armas dos policiais do Rio. De acordo com ele, todo policial vai ter que ir ao estande de tiros e efetuar 100 disparos para que o material seja analisado. O objetivo é verificar se as armas apresentam alguma falha. A iniciativa terá apoio da Academia de Polícia (Acadepol) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
url: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/02/apos-morte-policia-civil-cria-forca-tarefa-para-testar-armas.html

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Polícia à beira da falência


fontes das imagens: internet/montagem: Israel Coutinho

Carlos Alberto Marchi de Queiroz*

O Correio Popular, edição de 9 de janeiro, A2, na  seção Há 50 anos, publicou curiosa nota.
Sob o lead POLÍCIA DE CAMPINAS À BEIRA DA FALÊNCIA, o jornal, no longínquo  9 de janeiro de 1965, denunciava: ”Nunca tivemos a ventura de possuir uma boa polícia. Ressalvando-se um breve período, lá pelos idos de 1935 e 36, quando era Chefe de Polícia o campineiro Arthur Leite de Barros, em nenhuma época pudemos contar com uma polícia eficiente. Até parece que os responsáveis pelos destinos deste Estado nunca tomaram conhecimento de Campinas”.
O editor arremata ,corajosamente, comparando:” Em algumas cidades do Interior, sem a importância de Campinas, dá gosto de observar a organização e os recursos de que dispõem. A delegacia de Piracicaba, por exemplo, possui  instalações limpas e adequadas, contando com pessoal em número mais ou menos suficiente e magnífica frota de viaturas em bom estado. Naquela cidade os carros da polícia rondam de dia e de noite”.
Meio século depois, é imperioso formular uma pergunta que não quer calar: A polícia de Campinas ainda está à beira da falência ou comporta recuperação?
É preciso esclarecer, antes de entrarmos no âmago da questão, que aqueles comentários diziam respeito à Polícia Civil,  conhecida como Polícia do Estado ou, simplesmente, Polícia que se identificava pelas cores branca e preta das viaturas, chamadas  de “pinguins”. Suas únicas instalações ficavam no prédio, ainda existente, construído por Ramos de Azevedo, no quarteirão da Avenida Andrade Neves.
A Polícia Militar não existia. Os serviços de policiamento ostensivo eram realizados pela Força Pública, cujo quartel, o 8º Batalhão de Caçadores, ficava na Avenida João Jorge, e pela Guarda Civil, extintas em 1970, pela ditadura militar.
Passados 50 anos, o panorama mudou radicalmente. A Delegacia Regional de Polícia transformou-se no Deinter 2, com 5 delegacias seccionais, distritos e delegacias especializadas. A Delegacia Regional de Polícia de Piracicaba, atual Deinter 9, tem idêntica capilaridade embutida em 6 seccionais.
A população da RMC, servida por ambos departamentos, quintuplicou no período. A criminalidade, também, como demonstram estatísticas fornecidas, periodicamente, pela Secretaria  de Segurança Pública, através do Diário Oficial.
Em 1965, Campinas acabava de ser aterrorizada pelo “Bandido Mascarado”. Entre 1961 e 1963, o marginal matava jovens, poupando as acompanhantes, libertando-as, ilesas, após dar-lhes um pito por namorarem em lugares ermos... acontecimentos que, hoje, seriam sepultados pela onda de criminalidade.
Desde então a Polícia mudou. Os governos Carvalho Pinto e Orestes Quércia investiram maciçamente em engenharia civil, construindo delegacias e distritos. Quércia elevou para 101 o número de distritos da Capital que somavam 51. Apesar disso, 1/3 das unidades policiais civis funcionam em imóveis alugados.
Viaturas e helicópteros, submetidos a intenso desgaste, são constantemente renovados, impressionando os eleitores.
A imprensa de Campinas e do Estado, nestes 10 lustros, tem fiscalizado, rigorosamente, as atividades da Secretaria de Segurança Pública, em seus aspectos ostensivos, preventivos e administrativos, dos seus braços armados, a PM e a Polícia Civil.
Em razão dessa transparência, que se contrapõe às mentiras veiculadas pelos políticos, sabe-se que a Polícia Civil, desde 1996, conta com um quadro de 44.400 cargos dos quais, atualmente, 31.500 estão ocupados e os restantes vagos, em decorrência de aposentadorias, mortes em serviço e pedidos de exoneração em razão de baixos salários. Diretores de polícia, membros do Conselho, reconhecem, em entrevistas, o déficit de pessoal que atormenta a instituição, cuja Academia de Polícia não conta com estrutura, muito menos professores, para formar 12.800 novos policiais, cujos salários afastam candidatos.
A Polícia Civil precisa de um Departamento de Planejamento, exclusivo, a fim de enfrentar os desafios do século 21. Precisa aumentar efetivos defasados em relação à atual densidade demográfica. Precisa colocar alunos da Academia para trabalhar durante meio período enquanto cursam, à semelhança do que ocorre na França. Oficiais administrativos, não policiais, bem remunerados, precisam ser contratados, liberando policiais civis que, hoje, realizam tarefas logísticas.
É obrigatório reconhecer que não existe uma fórmula simples para administrar uma empresa do porte da Secretaria de Segurança Pública e de suas afiliadas, como a Polícia Civil de Campinas. Nesse sentido, o Deinter 2  tem problemas parecidos àqueles enfrentados por todos os departamentos subordinados à Delegacia Geral de Polícia.
 A Polícia Civil de Campinas, 50 anos depois, não faliu. Precisa de forte recuperação em termos de recursos materiais e humanos, para voltar aos anos de 1935 e 1936. Para tanto, depende da argúcia do secretário e do delegado geral.

*Carlos Alberto Marchi de Queiroz é professor da Academia de Policia

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Estado Isâmico divulga imagens de piloto jordaniano queimado vivo

Moaz Kasasbeh foi levado pelos terroristas no final de dezembro, quando o avião que pilotava caiu perto de Raqqa, na Síria

url da imagem: http://f.i.uol.com.br/folha/mundo/images/15034255.jpeg

Um novo vídeo divulgado pelo Estado Islâmico nesta terça-feira mostra a execução do piloto jordaniano que havia sido sequestrado no final de dezembro. Em mais uma prova da selvageria do grupo terrorista, as imagens mostram o piloto sendo queimado vivo dentro de uma jaula. O vídeo ainda não teve sua autenticidade verificada. A TV estatal jordaniana divulgou a informação de que o piloto foi morto no dia 3 de janeiro.
Moaz Kasasbeh foi levado pelos jihadistas quando o avião que pilotava caiu perto de Raqqa, na Síria, tida como a principal base do Estado Islâmico. O piloto estava em uma missão da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o grupo. O vídeo divulgado nesta terça começa com imagens do envolvimento da Jordânia nos ataques aéreos em territórios controlados pelos jihadistas no Iraque e na Síria, informou o New York Times. A execução brutal do piloto de 26 anos ocorre no final. Até esta terça, todos os vídeos do grupo terrorista com reféns mostravam decapitações.
fonte:http://veja.abril.com.br/

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Arquiteta Ana Maria Lucas de Souza desacata policiais ao ser abordada no Recreio


url da imagem: http://noticiasriobrasil.com.br/wp-content/uploads/2015/01/Ana-Maria-Lucas-de-Souza.jpg

Uma motorista foi autuada por desacato após discutir com um policial militar do 31º BPM (Barra da Tijuca) na Rua Newton Fontoura Reis, no Recreio. A ação foi toda filmada pelo PM, que apresentou o vídeo na 42ª DP (Recreio). Segundo o policial, ele estava em patrulhamento pelo bairro quando suspeitou de um carro com os vidros cobertos por insulfilm. Ele afirmou que, mesmo após ligar a sirene, a mulher não parou.
— Percorremos 2km até emparelharmos com ela. Quando conseguimos que ela parasse o carro, ela começou a discutir com a gente, dizendo que era arquiteta e que nós deveríamos estar atrás de bandidos — afirmou o PM.
No vídeo, a mulher, identificada na delegacia como Ana Maria Lucas de Souza, de 50 anos, tenta pegar a câmera da mão do policial.
— Eu sou arquiteta, eu estou fazendo obra em várias UPPs, você quer saber? — afirma a mulher.
Ela negou, em depoimento, ter desacatado os militares. Procurada, Ana Maria não quis falar sobre o assunto.
Fonte: noticiasriobrasil.com.br

Policial brasileiro bate recordes e derrota americanos em competição da SWAT


url da imagem: http://www.tatame.com.br/media/Faixa-roxa-de-Tarsis-brilha-na-policia-americana_1.jpg


Em 1982, a Swat criou uma competição esportiva para incentivar os profissionais da área. As inscrições são abertas para policiais do mundo todo, e um brasileiro foi o primeiro latino-americano a alcançar o topo. Elcio Mello, de 36 anos, é investigador do DHPP e já conquistou mais de oito prêmios por categoria na competição. Quebrou dois recordes e em 2009 teve a melhor pontuação geral. 
fonte: http://esportes.r7.com/

Polícia brasileira e polícia francesa comparadas: ligeiras considerações à luz do episódio do Charlie Hebdo


url da imagem: http://i.f1g.fr/media/ext/x/www.lefigaro.fr/medias/2009/01/05/a03221f4-db25-11dd-8500-101f2e2fa19f.jpg

Carlos Alberto Marchi de Queiroz*

Ontem palestrei para 50 amigos num auditório para 75 pessoas. A Polícia brasileira, Federal, Civis e Militares, e as Guardas Municipais, trabalham como agentes do delegado de polícia, que, infelizmente, não judicializa a prova no inquérito policial. 
Na França, a Police Nationale e a Gendarmerie Nationale, cada uma na sua área, urbana e periurbana, trabalham independentemente, para o Ministério Público, que produz o inquérito judicial cujas provas são autenticadas pelo juiz instrutor, evitando a sua repetição em juízo. 
A PN, civil, e a GN, militarizada, são independentes, não se relacionam, como no Brasil, mas trabalham em ciclo completo, do fato à denúncia. As Polices Municipales são equivalentes à nossas GMs .Mas na França os prefeitos são mais confiáveis. Elas trabalham, ou com a PN ou com a GN. Não fazem enquete. Só são forças-tarefas. 
Os policiais franceses, desses três estamentos, ganham muito bem. Todos eles, desde a época da academia de polícia, estudam meio período nas escolas de polícia e trabalham outro meio período na rua. As três polícias francesas ganham muito bem. A PN e a GN tem, ao todo 200.000 policiais, mais 20.000 oficiais administrativos, não policiais, que ganham tão bem quanto os policiais. 
No Brasil, paga-se R$ 900,00 aos administrativos, que não querem trabalhar na policia, pois qualquer doméstica ganha muito mais. Sustentei que o delegado de polícia não vai desaparecer nos nossos 27 Brasis, pois para tal, é preciso uma reforma constitucional. 
Pedi que os políticos contratem administrativos bem pagos pelas respectivas organizações evitando o desvio de função. Sugeri que, desde a academia, os futuros profissionais trabalhem nas ruas. Sugeri, também, uma reforma constitucional a fim de que as nossas GMs passem a ser chamadas de Polícias Municipais, como na Argentina, no Peru, no México , na Alemanha e na França. Não falei do Charlie Hebdo, assunto difícil até para o Papa Francisco. Faltam estudiosos de Policing no Brasil.

* Professor Universitário e docente da Academia de Polícia "Dr. Coriolano Noguera Cobra" do Estado de São Paulo e colaborador do Polícia On-line