Jovem confessou ter raptado e torturado, mas nega ter disparado arma contra o policial; Polícia ainda procura um comparsa
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Um suspeito de ter participado do sequestro, tortura e morte do soldado da Polícia Militar (PM), Rodrigo de Lucca Fonseca, foi preso na noite desta quarta-feira (25), em Poá. Um comparsa dele está foragido. A Polícia Civil ainda investiga a participação de outras duas pessoas no crime.
Demerson Andrade de Carvalho, 21, foi preso Rua Brasil, em Calmon Vianna, Poá. Cinco equipes da Ronda Ostensiva Tobias Aguiar (Rota) participaram da ação para prender o suspeito. “Recebemos informações anônimas, o serviço de Inteligência da PM trabalhou essas informações e, com base nelas, localizamos ele em um campo de futebol”, contou o tenente Silvio Rodrigo Pronestino, comandante da operação.
Segundo a Rota, Carvalho confessou ter participado do rapto do policial. “Ele admitiu e disse que na casa dele tinham objetos que foram obtidos durante a ação”. Na residência do rapaz, os policiais apreenderam roupas que teriam sido usadas no dia do rapto, além de produtos comprados por Demerson e por um comparsa em uma loja de Suzano utilizando o cartão do soldado De Lucca.
À polícia, Carvalho declarou que não foi o autor dos disparos contra o policial, mas confessou ter presenciado tortura e os últimos momentos de vida do soldado da PM. Ele relatou que De Lucca teria implorado para não ser morto, mas que acabou atingido pelas costas após ser obrigado a correr.
De acordo com o delegado Alexandre Batalha, ainda nesta madrugada será feito o pedido de prisão temporária do suspeito que já tem passagens por outros crimes; como tráfico de drogas. O indiciado vai responder por roubo seguido de morte (latrocínio), sequestro, tortura e associação ao tráfico. Ele foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Mogi para exames de corpo de delito e vai ficar preso na Cadeia Pública de Mogi.
Conhecidos
O comparsa de Carvalho também tem histórico de passagens pelo sistema correcional, quando era menor. A dupla já teria participado de outros roubos em 'parceria'.
Tanto o suspeito preso quanto o foragido são figuras conhecidas por policiais da região, especialmente por prática de delitos em comércios na região de Suzano e Poá.
Churrasco e Negócios
Após matar o policial, os criminosos teriam realizado um churrasco na comunidade para comemorar o feito. Eles também teriam “anunciado” no mercado negro que a pistola de De Lucca estava à venda por R$ 5 mil. A arma não foi encontrada e, segundo Carvalho, está em posse de seu comparsa. Ela pode ter sido usada no assassinato.
O caso
Rodrigo De Lucca, soldado da PM que atua na Força Tática do 17º Batalhão de Polícia Militar (17º BPM/M), em Mogi das Cruzes, ficou desaparecido por quatro dias. O policial foi raptado na sexta-feira (20), após deixar o trabalho, a caminho de casa, no mesmo município.
O carro que o PM dirigia, um Citroën C3 preto, que pertencia a sua noiva, foi jogado em um córrego no Parque Maria Helena, em Suzano, e encontrado na noite de sábado (21).
Na terça-feira (24), o corpo dele foi encontrado em um terreno baldio, na Vila Ipelândia, em Suzano. Ele foi sepultado nesta quarta-feira (25), em Mogi das Cruzes.
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