sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

A History of the Fraternal Order of Police


image souce: http://fop5.org/
In 1915, the life of a policeman was bleak. In many communities they were forced to work 12 hour days, 365 days a year. Police officers didn't like it, but there was little they could do to change their working conditions. There were no organizations to make their voices heard; no other means to make their grievances known.

Brazilian police officer Israel Pereira Coutinho visits the LOP 5# in Philadelphia - Pa
 - Personal photo library

This soon changed, thanks to the courage and wisdom of two Pittsburgh patrol officers. Martin Toole and Delbert Nagle knew they must first organize police officers, like other labor interests, if they were to be successful in making life better for themselves and their fellow police officers. They and 21 others "who were willing to take a chance" met on May 14, 1915, and held the first meeting of the Fraternal Order of Police. They formed Fort Pitt Lodge #1. They decided on this name due to the anti-union sentiment of the time. However, there was no mistaking their intentions. As they told their city mayor, Joe Armstrong, the FOP would be the means "to bring our aggrievances before the Mayor or Council and have many things adjusted that we are unable to present in any other way...we could get many things through our legislature that our Council will not, or cannot give us."

 Image source:Israel Coutinho personal photo library

And so it began, a tradition of police officers representing police officers. The Fraternal Order of Police was given life by two dedicated police officers determined to better their profession and those who choose to protect and serve our communities, our states, and our country. It was not long afterward that Mayor Armstrong was congratulating the Fraternal Order of Police for their "strong influence in the legislatures in various states,...their considerate and charitable efforts" on behalf of the officers in need and for the FOP's "efforts at increasing the public confidence toward the police to the benefit of the peace, as well as the public."

From that small beginning the Fraternal Order of Police began growing steadily. In 1917, the idea of a National Organization of Police Officers came about. Today, the tradition that was first envisioned over 90 years ago lives on with more than 2,100 local lodges and more than 325,000 members in the United States. The Fraternal Order of Police has become the largest professional police organization in the country. The FOP continues to grow because we have been true to the tradition and continued to build on it. The Fraternal Order of Police are proud professionals working on behalf of law enforcement officers from all ranks and levels of government.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

A inocência de Paolo Guerreiro

doping

fonte da imagem: internet


Carlos Alberto Marchi de Queiroz*
O Correio Popular, de 21/12, A18, e de 31/12, A21, noticiou que a Fifa reduziu a pena de suspensão preventiva, de um ano, imposta ao atacante peruano Paolo Guerrero, acatando razões  do  doutor  Pedro Fida, advogado brasileiro.  O brilhante causídico valeu-se de estudos realizados por  universidades em três múmias incaicas, encontradas em 1999, na Cordilheira dos Andes, no topo do vulcão  Llullaillaco, na Argentina. Trata-se dos restos mortais de uma adolescente de 13 anos, apelidada de “A Donzela” pelos pesquisadores, de uma menina de quatro e de um menino de cinco, que embasaram inédita investigação arqueológica.
Desde a aplicação da punição ao ex-jogador do Corinthians, hoje no Flamengo, após o empate entre Argentina e Peru, em Buenos Aires, em 5 de outubro de 2017, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, sob a acusação de haver usado benzoilecgonina, um metabólito comum à cocaína e à folha de coca, convenci-me, sem pestanejar, da inocência do craque.
Amigos sabem que sou corintiano e flamenguista, além de pontepretano. Podem até dizer que, escrevendo este artigo, quero ser mais realista do que o próprio rei, atropelando sérios estudos científicos realizados por universidades britânica, peruana, dinamarquesa e argentina, em 2013, utilizados pelo doutor Fida para mitigar, com brilhantismo, a pena, para seis meses, permitindo que o atleta dispute a Copa pela seleção de seu país.
Na verdade, meu comprometimento maior é com o Peru, que visitei primeiramente em 1972, e não com o Corinthians ou Flamengo.  Quis o Destino que eu viesse a tornar-me pai, orgulhoso, de um casal de filhos brasileiro-peruanos, peruleiros,  que obrigaram-me a conhecer, profundamente, o antigo Império dos Incas, durante mais de vinte viagens, de cunho familiar, à terra de Mama Pacha e de Manco Capac.
O Peru, dentre múltiplos aspectos sociológicos, que este curto espaço de jornal não permite analisar, autoriza sua população a consumir, sem qualquer  proibição penal, o tradicional chá de folha de coca, conhecido como mate de coca  ou “té de coca”, livremente comercializado em  farmácias, drogarias e feiras livres.
Trata-se de chá feito à base de folhas secas de erythroxylum coca, insumo principal na elaboração da pasta básica, preparada com folhas e cal, utilizada no refino da cocaína. O mate de coca é, portanto, um chá peruano, legítimo, tomado sempre como medicamento, ou como digestivo. É utilizado para descongestionar brônquios. Enfim, um milenar remédio incaico, eficaz no combate à bronquite e outras doenças.
Em julho de 1993, Zetti, goleiro da seleção brasileira, após exame antidoping em La Paz, durante fase das Eliminatórias da Copa do Mundo, foi flagrado em situação semelhante à de Paolo, após consumir, num hotel boliviano, o mate de coca. O caso comoveu o mundo esportivo, na época. O arqueiro foi absolvido pela Fifa.
O advogado de Guerrero provou, auxiliado por um arqueólogo e pelas três múmias, que a substância encontrada na urina do atleta pode permanecer, por séculos, no organismo humano. A propósito, os jurisperitos encontraram nos fios de cabelos negros da “Donzela”  importante quantidade de benzoilecgonina, a substância achada no material fornecido  para  exame antidoping, na Argentina.
O Correio Popular, de 31 de dezembro, revela, ainda, que folhas de coca foram encontradas entre os dentes da múmia adolescente. Ela teria sido obrigada a consumi-las antes de ser sacrificada, o que não corresponde à realidade, uma vez que ainda é costume, entre os descendentes dos incas, mascar folhas de coca, misturadas com cal virgem, numa espécie de chiclete, que lhes dá vigor para caminhar pelas vastas e desérticas altitudes peruanas, além de  combater a  fome.
A propósito, gostaria de lembrar ao amável leitor episódio ocorrido com minha filha Isadora, advogada trabalhista em Campinas, em fevereiro de 1989, ao visitarmos Cuzco, antes de chegarmos a Macchu Picchu. Ao sair do Hotel de Turistas, Isadora sentiu-se mal, vitimada pelo “soroche”, ou mal das alturas. Orientados por moradores, entramos rapidamente numa padaria onde ela, após sorver uma fumegante e doce xícara de mate de coca, restabeleceu-se prontamente.
Paolo Guerrero deve ter consumido xícaras e xícaras de mate de coca durante sua vida. Continua vítima de má interpretação sociológica pela Fifa em relação à sua peruanidade. Merece ser totalmente absolvido. Por último, um aviso.  Brasileiros que pretendam visitar o Peru podem comprar caixinhas com sachês de mate de coca, à vontade. Mas não as tragam para o Brasil. Aqui a conduta é reprimida penalmente. Não dá direito à alegação de erro, seja de tipo ou de proibição!!!
*Carlos Alberto Marchi de Queiroz é professor de Direito e membro da Academia Campinense de Letras