quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Polícia de SP ouve mãe e irmão de um dos suspeitos no caso do assassinato do ex-delegado executado na Praia Grande

 O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes foi executado em uma emboscada na segunda-feira.

Carro suspeito de ter sido usado na execução do delegado Ruy Ferraz Fontes é encontrado em chamas em Praia Grande, SP — Foto: Reprodução e Prefeitura de Praia Grande

Polícia de SP ouve mãe e irmão de um dos suspeitos no caso do assassinato do ex-delegado executado na Praia Grande

O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes foi executado em uma emboscada na segunda-feira.

Carro suspeito de ter sido usado na execução do delegado Ruy Ferraz Fontes é encontrado em chamas em Praia Grande, SP — Foto: Reprodução e Prefeitura de Praia Grande

A Polícia Civil de São Paulo ouviu nesta quarta-feira (17) a mãe e o irmão de um dos suspeitos no caso do assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, executado em uma emboscada no litoral paulista.

Os depoimentos foram prestados nesta manhã ao prédio do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), na capital.

Também foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em endereços da capital e de cidades da Grande São Paulo, segundo a Secretaria da Segurança Pública.

A polícia já identificou dois suspeitos do crime e pediu à Justiça a prisão deles.

 O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, explicou que os criminosos não conseguiram atear fogo em um dos veículos usados no crime, um Renegade, e a Polícia Técnico-Científica coletou material para identificação dos envolvidos.

Em nota, a pasta afirmou que "as forças de segurança seguem mobilizadas para identificar e prender todos os envolvidos no crime".

O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, explicou que os criminosos não conseguiram atear fogo em um dos veículos usados no crime, um Renegade, e a Polícia Técnico-Científica coletou material para identificação dos envolvidos.

Em nota, a pasta afirmou que "as forças de segurança seguem mobilizadas para identificar e prender todos os envolvidos no crime".

Sem escolta

O assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo reacendeu o debate sobre a segurança de autoridades que atuaram no combate ao crime organizado.

No momento do crime, que aconteceu na segunda-feira (15), ele estava sozinho, sem carro blindado e sem escolta.

Duas semanas antes da execução, Ruy havia concedido uma entrevista ainda não publicada a um podcast da CBN e do jornal "O Globo". Nela, relatou viver sem qualquer proteção, apesar do histórico de ameaças do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção que ele ajudou a investigar e combater desde o início dos anos 2000.

"Meu nome é Ruy Ferraz Fontes. Desde 2002, fui encarregado de fazer investigações relacionadas com o crime organizado e, especificamente, com relação ao PCC. Eu não tenho... eu tenho proteção de quê? Eu moro sozinho aqui, eu vivo sozinho na Praia Grande, que é o meio deles. Hoje, eu não tenho estrutura nenhuma, não tenho estrutura nenhuma...”, diz trecho da entrevista.

Segundo a Polícia Civil, delegados-gerais e adjuntos contam, enquanto estão no cargo, com um corpo próprio de segurança para desempenhar suas funções. Após a saída, no entanto, a proteção não é automática. A regra prevê que ex-delegados-gerais podem solicitar escolta caso se sintam em risco, mas a solicitação precisa ser feita pelo próprio interessado. No caso de Ruy, não houve esse pedido.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) destacou: “Após o cargo, ex-delegados podem solicitar a escolta, mas tal solicitação não foi formulada”. A pasta lamentou a morte e disse que as polícias Civil e Militar estão empenhadas em identificar os autores e dar uma rápida resposta ao crime.

A execução de Ruy chamou atenção porque ele estava "jurado de morte" pelo PCC havia quase duas décadas. Relatórios do Ministério Público mostram que, desde 2002, quando chefes da facção foram presos e transferidos para presídios de segurança máxima por decisão das autoridades, a cúpula do crime passou a ameaçar investigadores, promotores e juízes envolvidos nessas ações.

Entre eles, estava Ruy, que teve papel central nessas investigações. O promotor Lincoln Gakyia, que também é alvo de ameaças, lembrou que Ruy foi um dos responsáveis pela ideia de concentrar os líderes do PCC na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, medida considerada uma afronta pela facção.

Mesmo sob risco, Ruy não tinha nenhum tipo de proteção oficial após a aposentadoria. Isso trouxe à tona críticas ao modelo atual, em que a proteção depende de solicitação, diferentemente do que ocorre com outras autoridades. Ex-presidentes da República, por exemplo, têm direito vitalício a seguranças, motoristas e assessores. Já no Supremo Tribunal Federal (STF), uma decisão tomada em 2025 estendeu aos ministros o direito a segurança após a aposentadoria.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou nesta terça-feira (16) que autoridades que investigam o crime organizado devem ter proteção automática ao deixarem o cargo.

➡️ A ideia do governo é avaliar mudanças na legislação para permitir que algumas autoridades com notória atuação nessa frente tenham proteção automática. 

url da matéria: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/09/17/policia-ouve-testemunhas-sobre-o-caso-do-ex-delegado-executado-no-litoral.ghtml


sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Suspeito de matar de Charlie Kirk é identificado como Tyler Robinson, de 22 anos

 Autoridades agradeceram aos familiares do suspeito, por terem feito "a coisa certa" ao entregá-lo às autoridades

Uma foto combinada mostra uma pessoa de interesse no tiroteio fatal do ativista e comentarista conservador dos EUA, Charlie Kirk, durante um evento na Utah Valley University, em Orem, Utah, EUA, em imagens de segurança divulgadas pelo Departamento de Segurança Pública de Utah em 11 de setembro de 2025. Departamento de Segurança Pública de Utah/Divulgação via REUTERS

O suspeito de cometer o atentado que resultou na morte do influenciador conservador Charlie Kirk foi identificado nesta sexta-feira (12). Tyler Robinson tem 22 anos e teria confessado o crime para um familiar, segundo afirmou o governador de Utah, Spencer Cox. 

O governador falou em conferência do FBI na manhã desta sexta e afirmou que um familiar de Tyler teria falado para um amigo sobre o crime. O amigo da família contatou a polícia para afirmar que Tyler teria confessado ou dado a entender que teria cometido o crime.

Ainda segundo informações da BBC, Robinson seria de Cedar City, em Utah. O suspeito teria sido aluno da Universidade Estadual de Utah, de acordo com dados de redes sociais.

Trump defende pena de morte

Nesta manhã, Trump disse esperar que o assassino seja condenado e receba pena de morte. Ele também defendeu que os Estados Unidos precisam ter modelos mais rápidos de julgamento. “Veja a China, por exemplo, que tem um modelo assim e não espera anos para julgar alguém”, apontou.

Sobre a pena de morte, o republicano criticou que, a depender da jurisdição estatal, condenados podem cumprir apenas uma pena longa de prisão ou esperar anos até o cumprimento da pena de morte. “Se o assassino de Charlie for culpado, teremos que mantê-lo e alimentá-lo por anos, talvez 25 anos”, disse.

Url da matéria: https://www.infomoney.com.br/mundo/suspeito-de-assassinar-charlie-kirk-e-detido/



segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Tatuadora é presa suspeita de matar filho de 9 meses com banana amassada e veneno de rato em SP

 Dante Chiquinelli Marcatto morreu três horas após ingerir a fruta. Caso foi registrado como morte suspeita, e mãe é investigada por homicídio qualificado.

Tatuadora Giovanna Chiquinelli Marcatto é investigada pela morte do filho de 9 meses. — Foto: Reprodução/Redes sociais

A Polícia Civil investiga se Dante Chiquinelli Marcatto, de apenas 9 meses, morreu após comer uma banana amassada com veneno de rato. A mãe do bebê, a tatuadora Giovanna Chiquinelli Marcatto, foi presa em São Paulo na quarta-feira (27) e é investigada por homicídio.

Na terça (26), Dante estava em casa com a mãe e passou mal três horas depois de comer a fruta. Ele foi levado para o Hospital Estadual da Vila Alpina, na Zona Leste da cidade, porém não resistiu e morreu.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o laudo do exame necroscópico aponta que a vítima teria sido ingerido veneno de rato.

Em depoimento, Giovanna confirmou que ofereceu a banana amassada para o filho por volta das 17h — a morte ocorreu três horas depois. Esse intervalo de tempo corresponde ao necessário para que a substância faça efeito no organismo da criança, de acordo com os peritos.

Após o relato, a tatuadora teve a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça. Ela passou por audiência de custódia na quinta (28/08).

O caso foi registrado como morte suspeita, porém a mãe é investigada por homicídio qualificado. Um inquérito policial foi instaurado no 42° Distrito Policial do Parque São Lucas.

Dante, de 9 meses, morreu três horas após ingerir uma banana amassada. — Foto: Reprodução

Funcionários da creche, onde a criança estudava, também foram ouvidos pela Polícia Civil. Eles relataram que a tatuadora já havia sido informada que Dante estava apresentando mal-estar durante a semana, incluindo episódios de vômito e alterações na coloração da urina.

Na decisão do Tribunal de Justiça que manteve a prisão dela, é relatado que, mesmo diante dos sintomas e orientação da escola, "não há qualquer indício nos autos de que a investigada tenha providenciado atendimento médico adequado para a criança, demonstrando possível descaso no cuidado com a saúde do infante nos dias que antecederam o óbito".

Url da matéria: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/08/29/tatuadora-e-presa-suspeita-de-matar-filho-de-9-meses-com-banana-amassada-e-veneno-de-rato-em-sp.ghtml