domingo, 6 de março de 2011

Morte da menina Lavinia lembra o caso da Fera da Penha

Aline Couto - Extra Online

Lavínia Azeredo de Oliveira - foto: álbum de família
O caso da menina Lavínia, morta em Caxias, faz lembrar de outro assassinato, cometido em circunstâncias muito parecidas. Quem não se recorda da Fera da Penha?
Neide Maria Lopes, então com 22 anos, conheceu Antônio Couto Araújo em uma estação de trem. Neide trabalhava como comerciária e era solteira. O envolvimento amoroso aconteceu e eles logo se tornaram namorados. O que a jovem não sabia é que Antônio era casado e pai de duas filhas.
Furiosa por ter sido enganada, Neide decidiu se vingar. Arquitetou um plano e se aproximou da mulher de Antônio, Nilza, e fingiu ser sua amiga para ganhar sua confiança. Ela passou a frequentar a casa e conheceu Tania, a filha mais velha do casal, com apenas quatro anos de idade. Neide então decidiu que a criança seria morta.
No dia 30 de junho de 1960, Neide telefonou para a escola onde a garotinha estudava, fingiu ser Nilza e avisou que uma vizinha iria buscar a pequena. Neide encontrou Tania na porta do colégio e passou a andar com a menina por horas pelo bairro da Penha, no subúrbio do Rio de Janeiro.
Ao cair a noite, Neide levou a menina para um matadouro de animais que funcionava na localidade, deu-lhe um tiro à queima-roupa e colocou fogo em seu corpo, fugindo em seguida.
Dias depois Neide foi presa, mas não confessou o crime à polícia, mesmo sendo interrogada por cerca de 12 horas. Ela só admitiu o assassinato em uma entrevista ao radialista Saulo Gomes. Neide foi condenada a 33 anos de prisão, mas saiu após cumprir 15, por conta de seu bom comportamento.
O local onde Tania foi assassinada virou ponto de peregrinação por muito tempo e a menina chegou a ser tratada como santa. O caso teve uma grande repercussão em todo país e é muito lembrado até hoje por causa dos requintes de crueldade e pela premeditação do crime.
Desde que foi solta, Neide passou a morar na Zona Norte do Rio e não aceita dar entrevistas.
fonte: http://extra.globo.com/casos-de-policia/morte-da-meninalavinia-lembra-caso-da-fera-da-penha-1195855.html

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