Matéria veiculada em novembro de 2005 pelo jornal do sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores do Rio Grande do Sul (UGEIRM).
Os agentes policiais Ronaldo de Oliveira Gomes, de Passo Fundo, e Giovane Manique, de Porto Alegre, morreram em 2005 em confronto com bandidos. Em ambos os casos, houve falha de uma pistola .40. Não resta mais dúvida quanto qualidade desse equipamento. .Um teste gravado em vídeo, que está em poder da Acadepol há mais de dois meses, revela que a Polícia Civil precisa substituir todas as pistolas. Imediatamente.
"Não podemos admitir que nossos colegas trabalhem com uma arma que apresenta falhas. Isso é uma enorme irresponsabilidade, pois deixa o policial em desvantagem ao reagir. A Ugeirm recomenda a todos que não usem essas armas e espera não contabilizar mais uma morte com a mesma circunstância. Caso isso aconteceça, seremos forçados cobrar responsabilidades", assinala Isaac Ortiz, presidente do sindicato.
Antes da gravação do teste, realizado na área de tiro da Aeronáutica, em Canoas, as pistolas .40 usadas por 24 policiais gaúchos passaram por prévia avaliação. "Todas estavam em perfeito estado de conservação manuntenção. Eu mesmo verifiquei uma por uma", atesta Vagner Souza, investigador da Divisão Anti-Seqüestro do DEIC de São Paulo.
"Registramos dez panes em quatro horas, uma falha a cada 24 minutos", sustenta o delegado Maurício Soares, da Acadepol paulista. Cada agente policial gaúcho, que participava de curso para investigação de seqüestros, efetuou cerca de 100 disparos. Portanto, foram dez falhas em 2,4 mil disparos. "Parece pouco, mas não pode haver tantas panes assim", completa o delegado.
O diagnóstico feito pelos policiais paulistas é de falha no projeto da arma, potencializado quando não há boa manutenção ou conservação da pistola. "Não é nada contra a Taurus, tanto que compramos uma 24/7, do mesmo fabricante, para substituir as nossas pistolas .40 lá em São Paulo", frisa o investigador. O delegado salienta que o problema é de alimentação. "É no extrator", explica.
Histórico
Em 2002, um policial paulista ficou ferido em um tiroteio. Ele usava uma pistola .40. No ano seguinte, foi feito um teste em São Paulo. “Além de nossos peritos, participaram dois engenheiros da Taurus. O teste provou a falha de confiabilidade (sic)”, conta Vagner. Todas as armas foram recolhidas e a Taurus ofereceu recall. Mas nenhum policial paulista quis trabalhar com pistola .40. O teste realizado em São Paulo em 2003 também foi gravado. O Jornal da Ugeirm apurou que essa fita também chegou ao conhecimento de autoridades policiais gaúchas.
fonte: http://www.ugeirm.com.br/linhadefrente/11_05/denuncia.html
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Faltou explicar que a falha se refere às pistolas TAURUS, no calibre 40, modelo 24/7 em polímero. Falar apenas em pistola .40 generaliza o problema, o que não é verdade. Veja por exemplo as IMBEL, no mesmo calibre, que tem um índice de falha quase nulo, mesmo sem a manutenção adequada. Meu cunhado tem uma Taurus .40, modelo 24/7. Um dia desses o ferrolho simplesmente travou, colado na armação por falta de manutenção. Deu muito trabalho para soltar. Uma dica, usem GRAXA BRANCA em spray para lubrificar as partes de atrito da arma. Essa graxa contém uma cera que impede o COLAMENTO dos trilhos.
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